terça-feira, maio 30

"Reitor da Universidade não vai ficar na história"

não sou eu que o digo, leia-se n' "As Beiras" de hoje:
Viegas Nascimento "acusa mesmo o reitor Seabra Santos de falta de elevação e dimensão e actuação desastrosa. (...) O tempo encarregar-se-á de tornar mais efémero o que não fica para a história."

invasão de insectos não é perigosa, dizem-nos...

a Direcção Geral de Saúde adianta que nenhum dos insectos é da categoria dos artrópodes hematófagos. assim, fico muito mais relaxado, sem dúvida... [no Público e na Visão]

é isto um Governo Socialista???

no passado dia 24, Sérgio Figueiredo dixit no "Jornal de Negócios": «Um Estado, num momento de crise financeira, não pode dizer que deixa de ter dinheiro para pagar pensões dentro de poucos anos e, ao mesmo tempo, espalhar milhões de milhões na construção civil

iremos ter uma Guerra Civil nas nossas escolas??

a Fenprof admite "todas as formas de luta" contra a proposta do Ministério da Educação [no Público], enquanto a senhora Ministra culpa @s professor@s e as escolas pelo insucesso d@s alun@s [no JN].

domingo, maio 28

está aí: o ataque dos mosquitos!!!

foi há 80 anos...

... que começou o fascismo em Portugal.

em Electro julga-se serem 4 em cada 3...

está aí: o ataque das traças!!!!

sexta-feira, maio 26

Pós-intelectual

-O Tchekov, sim. Aquele que cantava "uma gaivota voava voava"...

quinta-feira, maio 25

Password Caducada...

Horas: aproximadamente 11:31...

Logon...

Username: xxxx
password: xxxxxxx

Aviso: Password Caducada
Por favor introduza nova password


Operador - Então mas... O que raio é isto? Password caducada?
Supervisor - Sim, elas tem um prazo, de mais ou menos de um ano...
Operador - Ah, de um ano, como os contractos?
Supervisor - zzzzzzzz
Operador - Então?
Supervisor - Pões uma nova e fazes logon outra vez...


Logon...

Username: xxxx
Password: xxxxxx

A iniciar a aplicação...

Que lindo que é trabalhar na pt... os computadores são mais honestos que as pessoas...
Cristo terá morrido (contam as notas bíblicas) aos 33 anos.
[passado um ror de anos] hoje à noite, o filho pródigo e Salvador (contando já 34 anos) volta à Catedral e sua casa-mãe...

1:15 - Museu Machado Castro

- Oh amigo...
- Diga.
- 'Tou no sítio certo?

terça-feira, maio 23

com quem se terá cruzado, MDA....???

com este senhor professor universitário...

ou com esta pessoa????

[sabe-se apenas que foram separados à nascença numa diáfana maternidade algures neste planeta.]

E eis que...

... o superego do nosso amigo Fraga é completamente aniquilado.

Encontros imediatos

Acabo de me cruzar com o reitor. Ambos conduzíamos. Ele deu-me prioridade. eu conduzia um Fiat Uno. Hehe... Embrulha!

pergunta de algibeira...

terá o fatídico acidente mortal do "Dino" sido uma manobra de radical acção política pela correcta florestação do nosso país?? todos contra os eucaliptos, já e em força!!
... nas mesmas análises laboratoriais foram ainda encontrados vestígios de «casca de eucalipto» [esse poderoso estupefaciente].

ainda (e sempre!) o "Dino"...

parece que [na autópsia ao "nosso Dino do coração"] as análises efectuadas acusam o consumo de cocaína, mas os seus avós recusam-se a acreditar, dizem: "ele só bebia água". acredito!! há até informações laboratoriais que garantem ter registado «0,8 mililitros de água... do radiador», para além de «7 gramas de tablier» [julgo que é assim que se escreve (como não sou consumidor, desconheço como se escreve correctamente)]...

Ouve-se

Mudança de sons...

Pink Martini, do último álbum Hang On Little Tomato, Una Notte a Napoli...

segunda-feira, maio 22

Memórias de um Sábado à tarde na PT

Trabalhar na PT não é para a paciência de qualquer um... Trabalhar no Serviço Informativo tem a sua conta de semelhança com o que se faz de mais extremo num serviço de psiquiatria... Se bem que existe uma determinada percentagem de clientes conscientes daquilo que querem do serviço e de como o pedir, a larga maioria não faz a mínima ideia do que se passa do lado de lá do auscultador... Desde clientes a perguntar qual é o limite mínimo de velocidade nas auto-estradas a outros, menos conscenciosos, que ligam a perguntar como se faz uma pagina na internet, outros que ligam a pedir a radio-agnóstico... Sem esquecer o saudoso cliente que um dia se lembrou de pedir o número do Ti Manel em Vale de Sapos, cliente esse a ligar de um telefone com um nível de estática considerável, agravado ao facto de ser, nas suas próprias palavras, "um pouco surdo"... Isto é o hábito... Mas esta breve descrição apenas atinge o âmbito estreito das chamadas semanais... Ao fim-de-semana, a coisa piora consideravelmente... Portugal inteiro parece lembrar-se do amigo/tio/parente afastado residente em parte incerta de sobrenome desconhecido do qual apenas tem o número de cinco digitos para o qual ligaram "há coisa de dez anos, e funcionava be..." Os seguintes excertos relatam algumas experiências vividas por operadores incertos no Serviço Informativo da PT Comunicações, num pouco movimentado sábado à tarde...

Senhoras e Senhores, apresento-vos:


O Dia dos Anormais

1 - O dia, ou melhor, a tarde começa bem...
Passa pouco das duas e meia, já aqui estou há um bocado... A situação reflecte uma estranha apatia... Comento com a colega ao lado: "Hoje estou particularmente espacial..." Ela responde: "Não estás todos os dias?"

2 - Começa a festa...
Cliente liga, pede a psp no porto, até aqui tudo bem... a chamada termina assim, "sabe menina, eu ando atrás dos gajos do lixo aqui no porto, para os controlar... faça-me a ligação e diga-lhes (aos da psp) que eu sou o xerife do porto..." O xerife do porto... bonito, bonito... Este ja devia estar bem aviado...

3 - Colega ao lado comenta com cliente "nós não temos os números dos videntes..." Aproximo-me e faço-lhe a pesquisa para tirar o número do célebre Professor Karamba... Contudo, no resultado aparecem outros Karamabas... De repente ouço ao meu lado... "Há... olha pra este, chama-se Karamba Fofana... Deve ser é gay..." A loucura é contagiante...

4 - Ainda mais demêncial... Será pssível?
Cliente liga, e pede, eis o espanto, "olhe, eu queria o número das Carmelitas Calçadas em paços de ferreira..." Operador responde "como carmelitas calçadas não temos qualquer registo..." e completa em mute "pretende as descalças?" Aparente havia um registo, na àrea de penafiel de monjes carmelitas descalços... bom, não haviam mulheres, mas haviam homens... "pretende a informação?"

5 - De repente: "olha, este está a ligar de a-dos-loucos. Deve ser tão louco que nem o atendo, deixa-o falar prali." "Epá, mas isso é descriminação..." Bolas, se já não tenho paciência para aturar os outros, este de a-dos-loucos deve ser ainda pior. Não... deixa-lo falar, ele vai-se embora..." A-dos-loucos, é uma localidade nas imediações de sintra, existe, e, presumo, os seus habitantes não deverão ser mais loucos que os restantes clientes do Serviço Informativo... julgo eu...

6 - Cliente entra, e pede... restaurante... Babrico... "Por favor soletre o nome ba... o nome do restaurante." "o nome é B-A-B-R-I-C-O" "Babrico, obrigado..." É claro que "com os dados que refere, não temos qualquer registo... Mas isto de nomes estranhos de restaurantes faz-me sempre lembrar aquele que é o campeão dos nomes estranhos... Senhoras e senhores, tenho a honra de vos apresentar o famosissímo restaurante Toino Zé, O Mata Porcos, sito na rua alexandre herculano em portimão... Presumo, apenas presumo, que sirvam porco, mas claro, posso estar enganado...

entretanto retiram-me o informativo e apenas fico a atender os serviços mais de luxo... 12118 e 1820... pena... lá se foi a maralhada... mas ainda posso ouvir pessoas ao lado...

7 - Ao fundo da sala houve-se um colega, barafustando um pouco alto, "não é três vezes dois, é só duas vezes..." não percebi, calculo que não tivesse esse propósito...

Bom, e assim, ou mais ou menos assim, se passou uma tarde de sábado a trabalhar no Serviço Informativo da PT Comunicações... Ou como durou num certo periodo PT das Comunicações... Deixo-vos só com uma última pérola, "Estou? Olhe, eu queria o número do doutor Paixão da Trofa..." Eu sei, é fraquinha, mas eu achei piada...


sexta-feira, maio 19

Na próxima semana: Movimento Estudantil - Dilemas e Perspectivas


consulte-se o programa do Colóquio Internacional: Movimento Estudantil - Dilemas e Perspectivas, a realizar-se em Coimbra, na próxima semana (mais precisamente nos dias 24 e 25 de Maio).

quinta-feira, maio 18

Nuclear Bunker Buster

Bomba Nuclear de Penetração. Esta é a nova bomba que os EUA querem fazer.
Vejam a simulação dos efeitos que poderia causar se usada no Irão, aqui.

psicose do «vírus moranguito»...

continua "a atacar" nas escolas secundárias... [DN, Público, CM]

Jornadas sobre a língua galega

Estão a decorrer as jornadas sobre a língua galega, organizadas pela Plataforma Coimbra Galiza, no mini-auditório da AAC.

21h30: Mini-auditório da A.A.C.
Conferência sobre Língua Galega com o tema:

"Galego e português: a mesma língua?"
Orador: Angelo Meraio [activista pela defesa da língua galega e membro de GZ.PT]

e ainda... um bónus para o dia 19...
21h30: Jardins da AAC
workshop de música e danças galegas
dado por Angelo Meraio.

Espanha quer que o castelhano seja uma língua de opção em Portugal desde os 10 anos

quarta-feira, maio 17

MDiplo c'est fini.

A edição portuguesa do Le Monde Diplomatique encontra-se, aparentemente( não encontro grande coisa - aqui não há informação), suspensa. Ao que parece, a Campo da Comunicação, editora que sustentava o jornal, fechou a torneira.
É certo que aqueles que dizem lê-lo, para impressionar as miúdas, não o fazem( e pelos vistos nem sequer o compram), mas vamos ter saudades na mesma.

P.S.: Sempre é possível clamar ler a edição francesa, língua que, para todos os efeitos, ainda tem alguma saída...

quando a ficção é tornada realidade...

«vírus moranguito» "atacou" ontem várias escolas secundárias do país... (CM, JN e DN).
- Mas o que é que aconteceu ao certo?
- Ninguém sabe. O que é certo é que, antes de ir a Badajoz, estava grávida...

segunda-feira, maio 15

uma das coisas que mais me preocupa (da foto da minha "posta" anterior) é a possibilidade da JS andar a massivamente clonar «Gugas»... então não repararam que os dois "meninos" (ao lado do Mariano Gago) são gémeos quase perfeitos (separados à nascença)?? «se um Gugas ........ muita gente, muitos Gugas ........ muito mais»!!

por onde vai andando o "nosso" «Gugas»...

a Web é, de facto, um "mundo" fantástico... anda-se por aqui, passa-se por ali, saltita-se além... e juntam-se dados, conhecendo algo mais da realidade que nos envolve.
a 22 e 23 de Abril realizou-se o Fórum AAC, em Coimbra, organizado pela Direcção Geral da AAC, um encontro para reflexão(?) e troca de ideias e opiniões(?) d@s dirigentes associativ@s da nossa academia e em que [no final do Fórum] Fernando Gonçalves [FG] lamentou o facto do "evento ter sido pouco participado [pelos dirigentes associativos da Academia]".
pois... talvez que alguns outros dirigentes associativos coimbrões [seus "comparsas"] tenham estado (à semelhança do presidente da DG/AAC) no Encontro fundacional da ONESES, em vez de terem estado presentes no Fórum da AAC. o que é a ONESES?? nada mais do que a Organização Nacional de ESTUDANTES SOCIALISTAS DO ENSINO SUPERIOR, ligada à Juventude (do partido) Socialista!! pois que se pedia a comparência no evento de todos os dirigentes associativos militantes da Juventude Socialista e onde na inscrição deviam constar (entre outros) os seguintes dados: Dirigente Associativo - sim ou não - onde?; Federação (da JS em que está inscrito); Concelhia (da JS em que está inscrito); Nº de militante (da JS).
é bom de ver (nas conclusões do 1º painel, denominado "ONESES - a presença da JS no Ensino Superior") que «a ONESES não foi criada com o propósito de instrumentalizar o Ensino Superior, neste capítulo demarcamo-nos claramente da JCP e da JSD» e «somos contra a partidarização do Associativismo»... imagino!
como FG é um verdadeiro "speedy gonzalez" lá conseguiu estar na Covilhã [no Encontro da ONESES] e ainda mostrar-se presente no pólo 2 (no Fórum AAC)... como não há presidência da Academia que sempre dure, há que tratar do futuro do "menino"... «quem vai ao mar, avia-se em terra», já diz o ditado popular.
[podem ver-se outras fotos do Encontro da ONESES]

Edit on Web

"Em desenvolvimento desde 2003, a Edit on Web - Edição Ciência e Cultura, Lda apresenta-se agora online com um projecto editorial e redactorial que promove, em larga escala, o trabalho do autor e o processo criativo inerente à escrita e ao desenvolvimento do conhecimento, relacionando-o com o universo da criação literária, da produção científica e da interacção com o leitor.

A actividade da Edit on Web consiste na criação de informação, publicação e divulgação de conhecimento nas áreas da Literatura lusófona, Língua portuguesa, Biotecnologia, Saúde, Ambiente, História, entre outras, para o público especialista e não-especialista.

Para isso, congrega três vectores de actuação: uma editora digital que aposta na criação de colecções de novos autores, de ensaios científicos e literários, assim como na publicação de artigos e teses; no desenvolvimento de unidades temáticas de partilha de conhecimento entre especialistas; e num jornal online focado na produção noticiosa integrada sobre ciência e cultura.

A Edit on Web aposta na colaboração entre entidades em ambiente de coopetition.

Este projecto visa ainda dar visibilidade sobre a informação e o conhecimento desenvolvido no universo de Leitores, Autores, Investigadores e Mercado Empresarial, de Portugal, Brasil e PALOP."

Aqui: www.editonweb.com

Estava aqui a ver T.V....

Toca:

I'm a telly addict
Do álbum Absurd Ditties
Toy Dolls

domingo, maio 14

sem dúvidas: o melhor "filme" de 2006...

só mesmo boas notícias vindas do reino de Sua Majestade...

Thom Yorke com álbum a solo, em Julho

só boas notícias do reino de Sua Majestade...

mister Blair planeia sair (da função de primeiro-ministro britânico) no Verão que se aproxima...
[seguindo a notícia de hoje do "The Independent", logo reconfirmada mas também questionada em artigos de opinião]

quando a realidade se encontra com a ficção...

quinta-feira, maio 11

Want you back, want you back, want you back for good...

Estou no bar da FEUC. Atrás de umas plantas, um rádio portátil passa música ambiente: "I just want you back for good" - versão panpipe.

Adenda: toca agora "Take my breath away".

Recortes

sobre o debate da Pós-Modernidade, aqui.

Aos interessados

Chega no fim de Maio, diz o senhor que o escreveu.

Separados à nascença

Não terá sido isto o que te fez falta?

regras de indumentária são regras (ponto).

esta noite fizeram-me falta um par destes...

quarta-feira, maio 10

Cid











«Aparentemente, você e é um cidadão pacato e respeitável, com uma vida banal dividida entre o seu lar e o seu emprego. Porém, e apesar do seu assumido gosto pelas coisas simples e quotidianas da vida e da realidade portuguesa, esconde manias bizarras.»


E às 5 e meia em ponto, telefonas-me a dizer /Não sei viver sem ti amor, não sei o que fazer.
Faz-me favas com chouriço, o meu prato favorito / Quando chego p?ra jantar, quase nem acredito.
Vestiste-te de branco, uma flor nos cabelos / Os miúdos na cama e acendeste a fogueira.
Vou ficar a vida inteira a viver dessa maneira, / Eu e tu, e tu e eu, e tu e eu e tu.


P.S.: Via Controversa Maresia com a Bomba a servir de Gateway.

Proleta não protela

Quem me dera ter um post que encaixasse neste título.

Dependências

- [...]
- Adoentado. Tenho medo de ter pneumonia ou assim...
- Eh pá, vai ao Google.
Alguém chegou ao "foi um ar" através de um motor de busca com «O que é a doença pneomonia(sic)».
Isto diz mais do blog do que da pessoa que cá veio parar.

terça-feira, maio 9

Como que... separados à nascença

mais uma "facadinha" na nossa privacidade...

SMS's não precisam de autorização judicial para valerem como prova.
[por via das dúvidas vou apagar (no meu telelé) aquelas mensagens bué lamechas que se trocam com a bebedeira ou engate(s) não conseguidos, não vá @ diab@ tecê-las!!]

segunda-feira, maio 8

And now for something completely different...

toca Mirror of Illusion,
dos Hawkwind, em 1970.

domingo, maio 7

certamente ainda ninguém havia reparado...

por este andar...

qualquer dia sou contra o associativismo sindical nas forças de segurança!!!

veja-se o que dirigentes do Sindicato dos Profissionais de Polícia disseram: «O aumento da criminalidade em Portugal deu-se com a abertura das fronteiras [...] O Governo não devia deixar entrar tanta gente.»
«há muito que [Portugal] deixou de ser um país dos brandos costumes, tornando-se, ao invês, um país multiétnico e multi-cultural, com fronteiras de livre trânsito, propício à manifestação de novos e inéditos fenómenos criminais de extrema violência
«Não é uma questão de xenofobia, mas antes de haver imigrantes brasileiros não havia assaltos nos semáforos. (...) Quem matou os agentes na Amadora? Não foi um brasileiro? Quem matou o agente Ireneu na Cova da Moura? Não foram estrangeiros?»

sexta-feira, maio 5

"Sol": «um jornal como nunca se viu»...


afinal ontem houve mais "saraivadas" nos jornais diários portugueses ditos "sérios": Público, JN e DN.

quinta-feira, maio 4

E enquanto na P. António Vieira se discutia o futuro da luta...

Melanie C - Feel the sun
Hanson - Surely as the sun
Ace of Base - Dr. Sun
Sheryl Crow - Soak up the sun (imperdoável)
Jimi Hendrix - Third stone from the sun

quarta-feira, maio 3

Toca:

Talking Heads,
com Once in a lifetime,
do álbum Remain in light,
de 1980.

Saraiva voltou!! para (a tod@s nos fazer) rir...

título da notícia/entrevista do ex-director do "Expresso" José António Saraiva [hoje] ao "Correio da Manhã": «Batemos o Expresso em 3 anos»
lead: «[...] "Sol", o novo semanário tablóide que vai lançar a 16 de Setembro. O arquitecto explica o projecto e diz que vai ultrapassar, em três anos, o jornal que dirigiu durante 22 anos»

algumas outras (muitas) pequenas pérolas ["saraivadas" ou "saraivices"]: «Queria um nome que rompesse com o habitual. "Sol" é a ideia mais brilhante: é luz, energia, calor
«O formato é tablóide e quisemos fazer um jornal para a frente, para que os outros pareçam de outra época. Este é um tempo de viragem e o "Sol" tem uma estrutura completamente diferente dos jornais que existem.»
«O jornal não tem uma concepção tradicional, com as secções habituais. Cada zona tem várias secções e cores distintas. Dentro do caderno principal, será incluído o suplemento de economia, que tem dentro a revista que, por sua vez, integra o guia, ao estilo caixa de Pandora
«Este projecto não é contra o "Expresso"»
«A tendência do "Expresso" é para involuir, andar para trás. Eu era quem mais protagonizava mudanças e a minha saída terá, naturalmente, essa consequência
«Em três anos seremos o maior jornal português. Não só batendo o "Expresso", como qualquer outro semanário que apareça entretanto»
«CARACTERÍSTICAS:
Semanário com 64 páginas a cor, Suplemento de Economia "Confidencial", Guia de espectáculos "Essencial" e Revista "Tabu".
Logótipo do pintor Pedro Proença. Cores distintas do logótipo consoante estações do ano (verde, azul, dourado e cinzento)
Áreas editoriais: "Política e Sociedade", letra clássica, tons azuis e negros. "País Real", "lettering" agressivo, tons vermelhos. Terceiro bloco, em rosas e verdes, "mais feminino", secções de gente, decoração, lar, inquéritos, moda. "Ciência, Tecnologia e Cultura".
Opinião/Colunistas: contratados, mas Saraiva não revela. "São de primeiríssima linha".
Lançamento: sábado, 16 de Setembro. Preço: 2 euros»

"saraivadas" [ou "saraivices"??]...

desde as peripécias relatadas por AP que menos percebo porque raio o Saraiva lhe vai chamar "Sol".

... mas o "Sol" vai brilhar.... a 16 de Setembro!!!

hoje não deve estar [bom] tempo para se ir para a praia...

Propinas, sim?

Um tal de José Reis publicou na última Cabra um contributo interessante para o debate sobre a legitimidade das propinas. Por vias manhosas, chegou-nos às mãos uma versão mais completa desse texto, que o próprio não pôde divulgar nas páginas do jornal por falta de espaço. Fazemos-lhe aqui esse favor, e desejamos-lhe boa carreira ao serviço dos pseudo-contrapoderes existentes. Decerto os bloquistas lhe arranjarão um lugar à mesa nas Avenidas Novas para os seus debates elegantes sobre a miséria do mundo.

Propinas, para quem?

O colega Isaque Santos, estudante de Direito, publicou no último número da Cabra um artigo em defesa das propinas, sugerindo que estas são legítimas e que o movimento estudantil deveria aceitá-las e lutar doravante por um melhor sistema de bolsas.

Refira-se antes de mais o economicismo do texto: desenvolvimento de vocações, realização pessoal, puro gosto desinteressado por uma matéria - tretas! O estudante não passa aqui de um homo economicus, de quem se espera unicamente que "invista" em si mesmo como "capital" e não aspire a mais que vender-se caro no mercado de trabalho. Triste a sociedade que leva assim os indivíduos no seu íntimo a reduzir a sua existência, na sua riqueza e diversidade, ao mero poder de vender cara a pele, em vez de lhes proporcionar o desenvolvimento mais livre possível das suas vocações - é sinal de um novo patamar de mercantilização da vida social.

Mas independentemente da crítica mais teórica a tal mentalidade, a argumentação é criticável mesmo dentro da sua lógica mercantil. É essa critica em termos estritos, os da mera lógica de financiamento, que vamos aqui desenvolver.

Primeiro, Isaque Santos vê correctamente que a educação não é uma mercadoria como as outras: não existe nenhum sistema de educação puramente privado no mundo. Quantos estudantes de física teríamos ao preço real desse curso? Portanto, a sociedade no seu todo, que beneficia indiscutivelmente em ter uma população formada, deve financiá-lo através do Estado.

Qual é então para Isaque Santos a justificação de haver propinas? É que, para alem da vantagem social, haveria uma vantagem privada que os estudantes retirariam da "fruição directa do bem" ensino superior (ES), na forma de melhores remunerações futuras, vantagem que seria justo que pagassem sob a forma de taxa.

Essa vantagem já é paga, na forma de futuros impostos mais altos. É justo pagá-la uma 2ª vez? Mas não nos apressemos. Por esta ordem de ideias, concluímos que só os bens de interesse público cuja fruição directa concede uma tal vantagem devem ser pagos. Outros bens, como a saúde, que produz cidadãos saudáveis, ou o ensino obrigatório, que produz jovens com uma formação genérica - mas não trabalhadores com uma vantagem remuneratória directa - terão por justiça de ser gratuitos. Já não é mau nos dias que correm.

Por outro lado, se o critério são os salários vantajosos do futuro, manda a coerência que alarguemos esta lógica.

Não é "justo" que um estudante de medicina pague o mesmo que um estudante de línguas e literaturas, quando as suas remunerações se prevêem tão diferentes - propinas diferenciadas por curso seriam a solução. E porque não transpor a mesma lógica para o interior de cada formação? Duas pessoas não têm remunerações iguais só porque tiram a mesma licenciatura. Porque não, p. ex., cobrar mais aos estudantes de medicina que escolham a especialidade de cirurgia em relação aos que escolham, digamos, a de medicina interna? É sabido que os cirurgiões são dos mais afortunados entre os médicos. E porque não ir para além da Universidade? Porque não, p. ex., exigir propinas altíssimas no Centro de Estudos Judiciários? Os juízes que de lá saem têm remunerações chorudas pela frente, e tanto quanto pudemos apurar não lhes é cobrada qualquer propina. Esperamos ver Isaque Santos na linha da frente dessa reivindicação, e auguramos-lhe de resto um bom futuro nessa carreira - se conseguir pagar as propinas.

As possibilidades são infinitas, e justamente porque são infinitas, prevemos dificuldades práticas, pois (1) no plano individual, é impossível prever a remuneração futura de cada estudante, (2) no plano colectivo, as estratificações profissionais não têm fim e (3) também elas mudam de forma imprevisível. Mas é para disfarçar esses problemas que estão cá juristas e economistas.

Prosseguindo nesta lógica, surge um segundo problema: se a propina é justa, qual é o valor justo da propina? 900 euros? 2000? 5000? Isaque Santos não se pronuncia. Pegar num conceito vasto como justiça e pôr-lhe um preço em cima tem que se lhe diga. No entanto, os termos deste debate são bastante mais flexíveis: há 4 anos, ninguém considerava publicamente um valor de 900? justo, hoje, é o que se vê. Há dias, o jornal Público (21/3) noticiava que a mui-liberal OCDE considerava-o ainda muito baixo, justamente sob o mesmo argumento de que "as propinas são relativamente baixas enquanto as contrapartidas salariais para os detentores de um diploma são altas". Podemos esperar debates apaixonados acerca da justiça de um valor como 2000?, e aguardamos curiosos a opinião do nosso colega a esse respeito.

Subjaz a tudo isto um raciocínio curioso: a propina seria uma forma de diminuir desigualdades sociais. A ideia é que nas condições específicas portuguesas são os mais desfavorecidos a financiar o grosso dos serviços públicos, ES incluído, ao qual todavia acede só uma minoria. Mais caricaturalmente: são os pobres quem financia o ensino dos ricos. Conclusão: mais justiça fiscal? Não: cobrar o ES a todos, tornando-o ainda mais inacessível aos pobres!

A retórica é uma coisa maravilhosa, e seja pela inteligência matreira, seja pela mais cândida cegueira ideológica, permite transformar tudo no seu oposto.

É certo que em termos lógicos uma coisa não implica a outra, mas estrategicamente: que governo se daria ao trabalho de subir as propinas, com todos os riscos inerentes, e ao mesmo tempo subir na mesma medida as bolsas, por forma a compensar a injustiça social? Teria de subi-las não só em quantia, para não prejudicar os bolseiros existentes, mas também em número, para acorrer aos novos estudantes subitamente carenciados pelo aumento. Sendo pragmático, para isso não subia as propinas.

No topo da escala social, os ricos seguem a sua vida como sempre. No meio, e ainda mais na difusa fronteira com a base, parece-nos que o empobrecimento não é de todo compensado por uma proliferação de bolsas. A título de exemplo, necessariamente insuficiente, um artigo de Elísio Estanque e João Arriscado Nunes na Revista Crítica de Ciências Sociais de Outubro de 2003 estimava que 47% dos estudantes da UC provinha das classes teoricamente mais desfavorecidas (Trabalhadores não-qualificados, Técnicos não-gestores e Trabalhadores semi-qualificados). Juntando a categoria híbrida dos Trabalhadores por Conta Própria, onde também cabe certamente gente carenciada, eram 59%. Segundo os SASUC, 20% dos alunos têm bolsa.

Quanto ao efeito do aumento das propinas no abandono da universidade pelos estudantes, Isaque Santos considera-o inexistente, pois a bolsa cobre automaticamente o valor das propina, e subindo uma sobe automaticamente a outra. Só haveria uma maneira de sabê-lo: consultar a evolução dos estudantes que entram e dos estudantes que suspenderam a sua inscrição nestes 2 anos. Estranhamente, as universidades não têm divulgado essa informação aos sete ventos.

Um último problema, de eficiência institucional. Existe já um organismo especializado na difícil contabilidade das contribuições sociais: o fisco. Se o fisco, com todo o seu aparato humano e técnico, tem mesmo assim dificuldades em fazer com que cada um pague o que é justo, não se vê como uma miríade de serviços de acção social universitária, espartilhados e cada qual com as suas regras, conseguiria melhor. Em nome da simples eficiência, deixe-se ao fisco o que é do fisco. Se o objectivo é, como Isaque Santos diz, a igualdade, é mais fácil subir os impostos nos escalões mais altos, e às empresas, que aumentar propinas e desenvolver depois um bizantino sistema de bolsas para compensar as desgraças resultantes. Antes um punhado de estudantes pagar de menos que uma enormidade deles pagar demais, ou nem chegar à universidade. Mais vale um criminoso livre que nove justos presos.

É que para além do obstáculo económico, pesa enormemente o obstáculo cultural: o numerus clausus garante que apenas os alunos com melhores notas entrarão. Pierre Bourdieu mostrou há décadas, em obras como Os Herdeiros (1964) e A Reprodução (1970), como justamente os filhos das classes altas têm mais hipóteses de ter notas altas e caber nos numerus clausus. Portanto, mesmo um ES público e gratuito não acabaria com as desigualdades - esse é um problema estrutural da sociedade, que nenhuma lei jurídica poderá resolver - mas atenuá-las-ia. O que os defensores das propinas defendem, consciente ou inconscientemente, é que ao obstáculo do capital cultural se junte o obstáculo do capital económico no acesso ao ES. É uma reacção que se coaduna com o facto de até as elites sentirem a corda ao pescoço, mas há sempre quem na sua candura julgue tudo isto conciliável com lenga-lengas de qualificação e choques tecnológicos.

terça-feira, maio 2

"España mañana será Republicana" ou então deixa de existir

"España mañana será Republicana"...
Esta é uma das palavras de ordem que o meu pai gritou em 75 num comício em Espanha.

Pelos vistos não estão mortas as esperanças dos espanhóis de serem uma república.

Extracto de uma notícia num jornal espanhol on-line:
"Las calles del centro de Madrid han acogido un año más la manifestación principal con motivo del Día del Trabajo. Con un seguimiento mucho menor que en ocasiones anteriores, para el acto central hubo que buscar un nuevo escenario: las máquinas que han tomado una Puerta del Sol en obras impidieron que Méndez y Fidalgo se dirigieran desde allí a los congregados. Llevaban pancartas que hacían referencia al conflicto de RTVE y a favor de la III República. Las banderas tricolores no faltaron. Una grande permaneció durante horas en la fuente de La Cibeles. Acebes ha culpado a Zapatero de ser el "responsable último" de la "multiplicación de símbolos inconstitucionales que se están produciendo en los últimos tiempos".