quarta-feira, junho 30

Recenseamento Eleitoral

Alguém sabe qual é a data limita para nos inscrevermos no PSD a tempo de votarmos no nosso próximo Primeiro Ministro? E o que é que é preciso? 2 fotos, BI, cartão velhindo e em mau estado de militante de partido de Esquerda, mais alguma coisa?

Qual peixe na água!

Era vê-lo! Ria-se, dizia piadas, ria-se, falava em inglês, ria-se. falava em francês, ria-se, falava em portugês, ria-se, comparava-se ao Papa, ria-se, dizia como queria que o chamassem, ria-se.

Deixem lá o puto presidenciar uma comissão. É que até aquece o coração ver o petiz tão contente.
Perdão? Disse satanização de Portugal?

Mais um episódio da saga "Vamos tirar uma letra às palavras". Depois de um "R", um "N".
Gosto de um bom jogo de futebol. Bastante. Perdi a emoção - exaltação seria, talvez, melhor palavra - em excesso que por vezes me levava a gritar com a televisão, quando jogava o Benfica ou a selecção, mas continuo a admirar o jogo. O 4-4 em 93/94 entre o Benfica e o Bayer Leverkusen ou o 5-3 entre, se a memória não me falha, Anderlecht e Bayern Munich permanecem como modelos da bola, solidificados com certeza pelo contexto emocional da altura. Pessoalmente, todo este excesso de euforia do Euro, arriscar-me-ia a dizer obsessão, em torno de uma equipa de futebol enfastia-me. Admito alguns resquícios, para os mais ávidos em apontar o dedo, de antipatia pelo FCP, mas nada de doentio.
E as buzinas pela noite fora? Ao menos que festejem a pé! E mais, isso não é proibido?
De qualquer modo, admiro o modo de condução (para manter a toada automobilística) que o Scolari empregou na equipa. Ao longo dos jogos, parecia ouvir os portugueses e mudava a equipa consoante o sentimento geral...
... só falta o Sampaio fazer o mesmo! Eleições antecipadas J�!
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terça-feira, junho 29

Aqui em Coimbra está um belle jour para uma manif... os jacarandás estão em flor, o sol tem paciência com os subversivos, o ar ameno convida a actividades lúdicas. Só não compreendo é porque raio é que não marcaram a manif para o parque verde do mondego.
Lembro-me como se tivesse sido há poucos meses... e não é que foi mesmo!? A revisão Constitucional. Na altura não faltaram vozes críticas de como nos "encontramos reféns da Constituição", esse "mero pedaço de papel" que impede o desenvolvimento do País, esses "resquícios ideológicos do PREC", antiquíssimos, ultrapassados, totalmente desadequados para uma democracia moderna como a nossa. Hoje, é vê-la metamorfoseada em bóia, verdadeiro baluarte da República, sólidos alicerces de legitimidade democrática. É por onde o vento lhes dá...
E o que dizia eu num post'abaixo... isto dos sms's virou moda. e a confusão... para coimbra, esta semana:

Manif
Coimbra, Praça da República
1 de Julho, Quinta-feira, 19 horas

Manif
Coimbra, frente ao governo civil
29 de Junho, terça-feira, 19 horas


inquietação, inquietação...

segunda-feira, junho 28

Faço desde já um humilde apelo ao ainda Primeiro Ministro e futuro Europeu: não se esqueça de nós, seus conterrâneos, aqui pequeninos num cantinho, e em especial de mim, que preciso de mobília e gosto tanto daquelas cadeiras que vejo na televisão. Se conseguir orientar uma escrivaninha agradecia muito, também.
Sampaio encontra-se enleado num dilema: Durão Barroso, à laia de Al Capone, encosta-o à parede: só aceitaria o cargo se "O PR" não marcasse eleições antecipadas.
Sr. Presidente, aceite um conselho: minta!
Chamaram-me hoje a atenção para o facto de, neste blog, quando se pretende voltar à página anterior usando o botão de Back , volta a carregar esta página e não "faz o que lhe mandam". O que se passa é que, ao carregar esta página, é carregada imediatamente antes uma outra, que fiz para garantir que os utilizadores que não têm o plugin do flash (que usei para fazer a pequena animação no cabeçalho) vejam uma imagem no cabeçalho. Assim, ao carregarem no botão de Back estão na realidade a retroceder à página que carrega a animação. Para evitar isso, e por agora, até resolver o problema, a solução é carregar na setinha ao lado e escolher a página para a qual pretendem retroceder.

As sinceras desculpas pelo incómodo.
Depois da sublevação de 17 de junho
O secretário da União dos Escritores
Mandou distribuir panfletos na Stalinalee
Dizendo que o povo
Não mais merecia a confiança do governo
E só poderia recuperá-la
Mediante redobrados esforços
Não seria mais fácil então
Que o governo
Dissolvesse o povo
E elegesse um outro?


Bertold Brecht


P.S.: É, decerto, um lugar comum citar Brecht, mas o poema pediu-me...
Conheci hoje a caixa de tintas auto-intitulada "caracol religion" que pinta mensagens pelas paredes da capital da província (Coimbra). Coisas como "Mais poder local no Burundi" e "Portas, e o Burkina Faso?" secundarizam a mensagem privilegiando a forma. Antecedo o exercício Gosto/Não Gosto, típico da canícula: Gosto. De perto, o grupo é uma espécie de brigada de contacto pós-surrealista: uma malta saltitante e estranha que usa as palavras "Elvis", "Ectoplasma" e "Burkina Faso" na mesma frase.

domingo, junho 27

Fundamentalistas... As drogas leves voltam a fumar-se não por vício, mas por saudade.
O PS, fiando-se na confusão que vai na cabeça do PR, que em princípio aceita formação de novo elenco governativo, pede eleições antecipadas. Mantém o sentido democrático mas reza por portas travessas para que a coligação se mantenha por mais seis meses. Pode ser que lhe saia o tiro p'la culatra.
O Bloco vai, em sede Europeia, votar contra a nomeação de Durão Barroso para o cargo de Presidente da CE.
Trespassam-me sentimentos de dúvida e de espanto. Afinal o Bloco preocupa-se com a Europa. E o Miguel Portas? Sabe?
de um "conhecido" aforo-me de utilizar esta imagem:
EUROPA

Depois do consenso em torno do texto constitucional, a escolha de Durão Barroso para este cargo vem em definitivo demonstrar o funcionamento do processo decisório na Europa. Orbita em torno de uma palavra: compromisso. Ideia de Europa, de cidadão Europeu, de política Europeia, de UNIÃO Europeia, supra-fronteiras, não existe. Nacionalistas, os países Europeus encontram-se ainda no pós-guerra.
Uma mensagem não identificada circula por aí a convocar para uma manifestação contra a alteração governativa sem eleições antecipadas.
Ora bem, vamos lá com calma.
Primeiro, não é UMA e a mesma mensagem que anda por aí. É como a CDU... são muitas independentes.
Segundo, não é identificada? O máximo que se pode dizer é que não é D.O.C. Só não é identificada para quem não tem o número do remetente no telemóvel ou na agenda. Existem grandes bases de dados com dados pessoais dos cidadãos incautos que incluem o número de telemóvel, é certo, mas o acesso é restrito porque são muito caras. Os remetentes serão conhecidos para cada um que recebe a mensagem - imagino que com algumas excepções.
Terceiro, também não é muito certo o conteúdo das mensagens. Quem conta um conto acrescenta um ponto. Em Espanha, depois do 11 de Março, a convocatória por sms para uma manif funcionou porque os "tele-operadores" que iam redireccionando a mensagem não inventaram. De ontem para hoje, já ouvi umas quantas versões diferentes nesta nossa experiência. Para além disso, os espanhóis são mais propensos a actividades outdoors.
Quarto, há bola amanhã por essa hora. A malta está descontente mas vamos lá com calma. Muitos irão trocar a expressão pública de desagrado pela solução púdica do stay home.


P.S.: É uma tentativa, admito e apoio, mas pode tornar-se contra-producente.

sábado, junho 26

Qual governo novo qual quê! Conselho de Revolução.
política ou pooolítica?

Vamos lá a ver...

1. Sampaio. Prestígio; Portugal; Nacional; Influência; Estado; Estabilidade. No seu estilo habitual, apela à calma e serenidade, e torna-se cumplíce do que pensa ser o melhor para o País, obrigado pelas suas responsabilidades. É apologista dos mandatos de quatro anos, e tem consciência do momento de fraqueza do PS e do golpe que esta nomeação/substituição é para o PSD.

2. PSD. Golpe de estado dentro do partido. O Cavaco esfrega as mãos, mas muitos não vêem com bons olhos o nome de Santana Lopes. A casa está em corropio. Ainda assim, é a melhor escolha para o lugar: para queimar. Está habituado a peixeiradas e aguenta a porrada em sede parlamentar. O Louçã vai-lhe às trombas (literalmente). As dúvidas recaem na linha de governação. Seguir a mesma linha parece difícil, pois muitos dos ministros aproveitam a boleia e saltam do barco. Deixar as coisas ao critério de Santana Lopes é o pior cenário. O seu currículo no Sporting, na câmara da Figueira da Foz e em Lisboa fala por si. Provavelmente iremos ter um governo de gestão. Por dois longos anos...
De qualquer modo, é um atestado de óbito para o PSD nas sucessivas eleições que aí vêm. Durão Barroso sai, com uma desculpa melhor que a de Guterres é certo, mas não conseguirá convencer os Portugueses da manutenção deste Governo com os argumentos da estabilidade e da legitimidade constitucional. O PSD pagará por isso.

3. CDS-PP/Coligação No meio desta confusão o único modo do PP sair reforçado a longo prazo seria renunciar a coligação antes das mudanças governamentais. Marcava politicamente a sua posição nacionalista, aniquilava de uma vez Manuel Monteiro, demarcava-se do previsível desaire eleitoral da coligação no futuro e ainda ganhava uns votos do eleitorado de direita. A esperar pelo que irá acontecer, a coligação cai de qualquer modo e os custos para o PP...

4. PS Não só sem garantias de maioria parlamentar (coligações nesta altura são impensáveis) mas sem qualquer solução de poder, fragmentado, com um congresso à porta, vai aproveitar para negociar a legitimação do novo governo no Parlamento. Só é necessária maioria simples mas politicamente o voto do PS é necessário. Existe a plena consciência da vitória dentro de dois anos, é só necessário esperar, criando uma estrutura nacional sólida no sentido de encontrar uma solução de maioria, se calhar em coligação...

5. E nós... os Portugueses, queremos eleições antecipadas. Queremos o Governo para a rua. O País não se pode mover pelos caprichos do Primeiro-Ministro, por jogadas de gabinete, por políticas erradas, por desprezo pela vontade de todos. Mesmo aqueles que votaram em Durão Barroso e nas suas políticas não sabem o que Santana Lopes (ou qualquer outro) vai fazer. Não votaram para isso.
mais algumas razões a (tentar) justificar a (possível) escolha de Durão para a Comissão [até rima!!]:

«How did one of Europe's most obscure leaders come to be offered the EU's most prestigious political job? Mr Barroso's relative anonymity proved his trump card.

He organised the Azores summit before the Iraq war.

he is so little-known that he has not made many enemies (...) But that quality often seems the last one taken into consideration when the EU chooses a European Commission president.»


...

que bem me sinto ao ver tantos elogios ao nosso (futuro ex?) primeiro-ministro!!! felizmente já houve (pelo menos) uma voz a falar com razão!! ELEIÇÕES ANTECIPADAS J�!! mas estão à espera de quê?? que outra hipótese querem arranjar??!! apesar disso Jardim [esse arauto da democracia e liberdade!!] diz-nos: «não será posta em causa a estabilidade do país, visto que há uma maioria parlamentar eleita até 2006, que indicaria um novo primeiro-ministro, não são necessárias eleições antecipadas» e Menezes acrescenta: «Em democracia existem sempre soluções, há uma Constituição, um Governo, uma maioria no governo, há estabilidade política».

alguém se importa de me explicar pormenorizadamente O QUE PORRA SIGNIFICA ISSO DE ESTABILIDADE POL�TICA??!!!
SMR, não te preocupes!! lê-de no meio de comunicação social + privilegiado de informações junto do (des)Governo:

«Pedro Santana Lopes, actual presidente da Câmara Municipal de Lisboa e vice-presidente do PSD, será o próximo primeiro-ministro de Portugal, após Durão Barroso ter decidido aceitar o cargo de presidente da Comissão Europeia.

Segundo a SIC, Durão Barroso vai abandonar o Governo, sucedendo-lhe Santana Lopes.

A escolha oficial do sucessor de Durão Barroso deverá realizar-se em Conselho Nacional do PSD.

Para o CDS/PP, parceiro de coligação do PSD no Governo, Santana Lopes é o nome mais consensual para suceder a Barroso, mas, entre os democrata-cristãos, nenhum dirigente aceita comentar publicamente cenários não confirmados.»


....

daqui lanço um repto a tod@s @s defensor@s da república [e contra quaisquer processos dinásticos]: vamos tod@s ao Conselho Nacional do PSD para escolhermos quem irá (des)governar o país!! pois que tod@s deveríamos poder escolher quem nos irá (des)governar, ou não??!! e parece que será lá que irão indicar o futuro PM do nosso país!!

algumas das razões porque os restantes governantes da Europa querem o Durão na Comissão Europeia: Mr Barroso's relative obscurity on the European political scene; he described himself as a "a reformer, not a revolutionary. I am a centrist".
QUÊ?!

Estava descansada a ler o Público-ponto-pêtê quando...

«O primeiro-ministro, Durão Barroso, decide amanhã se aceita o cargo de presidente da Comissão Europeia, avança a Lusa, citando uma fonte oficial. O nome de Pedro Santana Lopes é apontado como possível substituto na chefia do Governo.»

...

Só não é cómico, porque é trágico.
Será que pensam que estamos assim tão distraídos com o futebol, que não vamos notar que o Primeiro-Ministro... está... diferente?!
Apesar de não votarmos no "Governo", é num Primeiro-Ministro que a maior parte das pessoas efectivamente vota nas eleições legislativas, é ele a «cara» responsável perante nós. A confiança, se é que ainda existe alguma, do Povo no Executivo vai ser abalada...Talvez esta seja uma boa oportunidade para dissolução da Assembleia...

Se a promessa se concretiza vou ter de decidir se emigro ou se planeio um Golpe de Estado.

sexta-feira, junho 25

No exame nacional de História, uma questão enfia o Costa Gomes em 1977. O ministério da educação em grande, mais uma vez. É certo que comeram o R e aquela altura não lhes traz grandes recordações, mas eliminar dois anos de PREC é que não meus senhores.
ainda alguém se lembra disto??
ainda [...e sempre, amen!] sobre a coligação com fissuras...
A nossa Esther dá-nos uma lição de democracia. Afinal a função de um governo é fazer cumprir a lei. E não mudá-la ao sabor dos interesses de minorias que querem impôr o seu estilo de vida à maioria (normal).

Palminhas... palminhas... palminhas... palmadinhas...
A propina é bem!

Afinal é bem pagar propinas. E ainda é mais bem pagar propina máxima porque não só estamos a ajudar esta bela Universidade a ser competitiva como ajudamos os nossos colegas que não a podem pagar a ficar cá. E tudo isto sem uma palavra de censura ao reitor, ao governo e/ou à política do governo.
Mais uma lição de radicalidade do nosso menino Miguelinho.

P.S. - Poupem-me as correcções sintáticas. Foi de propósito mas não me apeteceu pôr aspas senão perdia a piada toda. Tá?
Miguel Duarte, esse radical!

O Miguelito vai avançar com uma moção de censura aos métodos utilizados pelo Seabra para fazer aprovar a propina. Esse Miguel está cada vez mais revolucionário. O raio do garoto, hem? Quem o viu e quem o vê.
É claro que o mais importante aqui é o método. Se o Seabra Santos tivesse, por qualquer estratagema menos digno, anulado a fixação de propinas em Coimbra, não deixava de ser inaceitável! E ainda há gente que invade e se diz radical! Aprendam meninos, aprendam!
Hoje vi, pendurada numa varanda de Coimbra, uma bandeira monárquica bem grandota.
Será que a pessoa que a pôs lá é de Esquerda?
há coligações que começam a abrir fissuras e outras que se começam a antever. raios partam!! o que poderá ainda salvar o povo?? o gil não será concerteza, coitado dele!
adicionei o Velha Toupeira às nossas ligações e sugiro esta actividade nacionalista para a noite de hoje. passar bem!! [ou, melhor dizendo, passar bem mal aos FdP's que me enfernizam a noite de estudo que me restava para o exame que tenho amanhã à tarde! foda-se! começo a suspeitar da existência de uma conspiração governamental para não me deixarem retomar um normal percurso académico; isto é, fazer uma cadeirita de vez em quando].

quinta-feira, junho 24

Podem dizer-me o que se passa por aí? Toda esta confusão... é que estive a ver uma partida de futebol (uma boa partida de futebol) e devo ter perdido qualquer coisa...

terça-feira, junho 22

Quando comecei a ler o EARLY MORNING BLOGS 231 no abrupto ainda pensei que o JPP era fã dos byrds. Enganei-me. É uma pena.


Turn, turn, turn...
pré-publicação. o tema é as invasões de coisas em coimbra...

segunda-feira, junho 21

Só hoje é que reparei. Para entrar na sala do núcleo de estudantes de sociologia é preciso virar à esquerda. Mas não muito, senão dá-se meia-volta, sobe-se as escadas de novo e vai-se parar à porta da rua. Já se se virar à direita, pode ter que se dar uma volta maior (desce-se até ao piso 0, dá-se a volta e volta-se a subir), mas vai sempre lá parar. Engraçada a organização geográfica do espaço na Faculdade de Economia.
Devo confessar que estou contente com a vitória de Portugal. É que ontem estava com uma brutal dor de cabeça (e hoje tive exame às 9h) e se não fosse o jogo não sei como é que eu iria encontrar uns milhares de primatas para se porem a buzinar até às 3 da manhã.
A mim, o que me vai dando alento é fingir que as bandeiras que estão penduradas ao contrário sejam uma demonstração de anti-patriotismo na mesma medida que a cruz invertida é o símbolo do Anti-Cristo.
Além disso, já vou ficando fart das opiniões de jornal que encaram este bandeirismo como patriotismo bacoco (oco?, barroco?). Mas há algum patriotismo que não o seja?

domingo, junho 20

Eis, um novo tratado Europeu - que há quem chame de texto constitucional, todavia, não tenho memória de um qualquer mandato popular confiado aos governos que lhes ofereça legitimidade para tal.

Ainda assim, a esperança recai no bom senso de consultar, através de referendo - vinculativo -, todos os cidadãos europeus sobre este texto final, para que, obviamente, sejam eles a decidir se o aceitam, ou não. O Debate sobre a matéria em causa encontra-se indiscutivelmente ligado ao processo.

Dentro, encontram-se um acréscimo substancial de poder decisório para as instituições europeias, uma legitimação "constitucional" para um conjunto de discutíveis práticas políticas (espelhadas nos sucessivos tratados das últimas décadas) e uma complexificação das fórmulas que definem os equilíbrios estados/populações nas tomadas de decisão (fruto indiscutível da prodigiosa imaginação de diplomatas de carreira). É de salientar pela positiva a inclusão da carta de direitos fundamentais da União (embora seja uma fraca consolação).

Ao longo de mais de duas dezenas de meses, lançaram-se num forrobó de tirar palavra, meter palavra, limar contornos semânticos, citar ou não citar - a este respeito, admito que concordo com o retirar da citação de Tucídides; seria no mínimo irónico defender a democracia como o poder nas mãos da maioria quando para a aprovação deste texto não foram necessários mais de cem no espaço de 350 milhões (acho).

Nós, os cidadãos, não fomos nem tidos nem achados para o processo. Bem, em abono da verdade, diga-se que a maioria também não o queria... e é esse precisamente o maior desafio para a Europa: a participação política activa supra-nacional das populações.
O tradicional modelo de governação, exclusivamente nacional, e de participação concretizada quase exclusivamente em lobbies, no espaço das realidades locais, e no voto, encontra-se em avançado estado de mutação, talvez até de decomposição, e cabe às esquerdas dar-lhe o empurrão final e procurar os mecanismos que consolidem um alto, e novo, nível de participação nas esferas de decisão europeias, evitando a todo o custo que as decisões que afectam todos sejam exclusivas do centralismo burocrático de Bruxelas - um novo politburo.

sábado, junho 19


a mim preocupa-me muito a "conjuntivite política" que atinge tudo, nomeadamente (e agora tanto em voga) a abstenção. onde irão parar as coisas com tão pouca participação dos cidadãos?? não falo apenas da participação eleitoral, pois para mim importaria muito mais a participação quotidiana na vida do bairro, etc... a tal história (muito "boaventurista") da democracia participativa, enfim... cidadania, não??
aos [ou sobre os] esquerdalhos mochilo-charróides...
este "encantar da serpente" está sempre actual...

ou não??

sexta-feira, junho 18

convergência, meus caros amigos de esquerda... convergência.

domingo, junho 13

EU EXPLICO PORQUE PERDERAM...

Meus Senhores,

Os senhores não perderam por causa da abstenção, os senhores não perderam por causa da morte do Professor Sousa Franco, os senhores não perderam por se tratarem de eleições para o Parlamento Europeu, os senhores não perderam porque estão a governar bem (ou, como ouvi ao princípio da noite,«a actual política do Governo, aplicada num ambiente recessivo e virada para reformas estruturais, pesou para o voto dos portugueses»).
Os senhores PERDERAM porque estamos FARTOS. Estamos fartos de desemprego, estamos fartos de cortes orçamentais, estamos fartos da demissão do governo em áreas como a saúde e a educação, estamos fartos de mentiras e, a cima de tudo, estamos fartos da arrogância que caracteriza a direita no Governo, arrogância que estou a ouvir neste momento a explicar os resultados.
Ao contrário do que possam pensar, nós não somos estúpidos e sabemos em quem queremos votar e quem queremos castigar.







sábado, junho 12

AMANHÃ NÃO É O DIA DEPOIS DO JOGO,




AMANHÃ É DIA DE ELEIÇÕES

quarta-feira, junho 9

morte de providência

Uma breve especulação:

E se... o ps tivesse morto o Sousa Franco para poder assegurar a vitoria eleitoral por meio da simpatia dos eleitores? Coitadinhos, morreu-lhes o candidato... Aquele que ontem era o "pai do défice" e agora é "um homem sério e de respeito que morreu em luta pela democracia"... Ainda espero com alguma antecipação o que terá o senhor Paulo Portas a dizer da morte "do pai, da mãe, da avó, do cão e do piriquito" do tão badalado défice público português... Será que se vai finalmente falar de questões europeias? Ah, é verdade, ja me esquecia, a campanha acabou... Um caso agudo de morte súbita. A hipocrisia política é algo de fabuloso...

E agora? Acaba a campanha e todos os resultados ficam salvaguardados? Haverá gente a respirar de alívio?

sábado, junho 5

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sexta-feira, junho 4

CAMPANHA "PENSE ANTES DE FALAR"

Sei que a notícia já é antiga, mas vem ilustrar uma ideia que há muito defendo:

quotas para travar pessoas estúpidas de se pronunciarem em público.

O crescente número de declarações pouco inteligentes nos meios de comunicação social está a causar apreensão entre alguns sectores da comunidade. Há mesmo quem defenda a criação de quotas para as declarações/afirmações minimamente inteligentes, numa tentativa de travar a presença maioritária de imbecis que ocupam tempo de antena.

quinta-feira, junho 3

"O PS exige desculpas do CDS a todos os deficientes portugueses". Mas este Sousa Franco não merecia um bom puxão de orelhas?