quinta-feira, março 31

Hoje vem com o Público o primeiro número de uma revista de sua graça "Atlântico". Trata-se de uma espécie de conversão do blog "O Acidental" para papel. Na primeira página utilizam as letras do nome da revista para fazerem uma espécie de manifesto. E reza assim:

"A - Aquilo que defendemos:
T - Talento e mérito. Contra os paternalismos e a mediocracia.
L - Liberalismo. A iniciativa privada não é apenas um reqiusito mas também um pilar da liberdade e democracia.
 - Aliança Atlântica. A aliança entre europeus e americanos foi e é o garante da nossa liberdade e segurança.
N - Não ao clientelismo que transforma os cidadãos em funcionários, malbarata os recursos e compromete a reforma do Estado.
T - Têmpera. Carácter. Identidade. Dos homens (sic!) e dos Estados.
I - Inconformismo. Contra a cultura dominante e o politicamente correcto
C - Confronto. Porque a mediocridade é filha dos unanimismos cultivamos não apenas o debate mas também as rupturas (itálico meu).
O - Ocidente. Porque a civilização é aquela que maior prosperidade, direitos e liberdades conseguiu assegurar a um maior número de cidadãos. Porque o Ocidente é o nosso mundo."

E pronto! Que doçura!

Ah! Entre os opinadores, encontramos Paulo Tunhas, Vasco Rato e Luciano Amaral (d'O Acidental). Como podem verificar, é ir já a correr ao quiosque mais próximo antes que esgote.

sexta-feira, março 18

Sobre a Modernidade

"As pessoas foram libartadas das suas velhas gaiolas apenas para serm admoestadas e censuradas caso não se conseguissem realocar, através dos seus próprios esforços dedicados, contínuos e verdadeiramente infindáveis, nos nichos pré-fabricados da nova ordem: nas classes, as molduras que (...) encapsulavam a totalidade das condições e perspectivas de vida e determinavam o âmbito dos projectos e perspectivas realistas de vida" - Bauman, Zygmunt; "A Modernidade Líquida".

Para este autor, a modernidade é um processo de liquefacção dos velhos edifícios. Mas, devido à sua natureza fluída e magmática, impossibilita qualquer acção colectiva para a mudança. Sugere a imagem de um punhado de pessoas a dar bastonadas num rio tentando pará-lo ou mudar-lhe o rumo. Não havendo "edifícios que alojem as mesas de controlo do sistema", o que é que os agentes subversivos vão ocupar? Que sólidos é que se mudam quando tudo é liquefeito? Que sólidos é que se constroem no leito de uma corrente de magma?

sexta-feira, março 11

O Bloco cresceu para lá da suas capacidades. A prova é que, face à falta de confiança no deputados recém-eleitos, querem acrescentar aos estatutos do partido a possibilidade de expulsão para "prever a possibilidade de situações anómalas, de incompatibilidades absolutas" (Fernando Rosas). O partido cresce, em largsa medida devido às diferenças em relação ao PCP e, em consequência, torna-se cada vez mais parecido com o PCP.

quinta-feira, março 10

Os deputados têm o direito inerente de se fazerem acompanhar de uma arma.

Fico muito mais descansado por saber que, no meio de uma discussão sobre qualquer questiúncula, há sempre a probabilidade de um deputado puxar do revólver e acabar a coisa por ali. Vou passar a assistir aos debates parlamentares com redobrado interesse!
Luís Filipe Menezes

"Eu sou um ganhador!"

sexta-feira, março 4

Trotskyistas in love!

Apesar de serem 8 os deputados do Bloco, só temos 7 assinaturas. Mas estão a ser quebrados recordes! A campanha de benção da sagrada união entre Carmelinda Pereira e Gil Garcia continua. Esta é a maior prova que não é só o Marx que continua vivo. O Trotsky também, e de boa saúde. Vamo-nos levantar e erguer a nossa voz. Porque juntos não seremos demais!

quarta-feira, março 2