Que posição pode um Homem tomar quando um Rei, um monárquico, um orgulhoso herdeiro de uma família de déspotas ordena, no alto da sua arrogância real calar um Presidente mandatado pelo seu povo num escrutínio reconhecidamente democrático?
1) É falso que na Venezuela se viva um regime totalitário, uma não democracia.
De facto a ultimas eleições gerais Venezuelanas foram escrutinadas de forma exaustiva pela comunidade internacional, e toda a comunidade internacional garantiu sobre a legitimidade da reeleição de Hugo Chavez.
2) É falso que a liberdade de expressão na Venezuela seja menor ou com menor qualidade, quando comparada com um qualquer pais europeu.
Sendo considerado um dos pilares dum estado liberal e democrático a comunicação social (o direito há expressão livre) é maior na Venezuela do que num pais europeu como Espanha. Quem não se lembra da recente proibição da circulação e venda de uma revista nos estados espanhóis, apenas e só porque se atrevia a fazer humor, tendo como objecto a família real Espanhola (que em titulo de curiosidade possui varios títulos, entre eles a de soberanos dos Algarves e das Indias Ocidentais[leia-se América latina] e Orientais .
Dirão os propagandistas da oposição Chavista que Chavez mandou encerrar uma televisão privada pró-oposição. Esta afirmação é falsa, a esta televisão não foi renovada a licença de operador televisivo, não renovação essa suportada juridicamente por uma lei da comunicação social anterior à eleição de Hugo Chavez para Presidente da Venezuela. Esta decisão foi uma decisão politica, tão politica e legitima como atribuir, em Portugal, a terceira concessão de emissão televisiva a um operador privado declaradamente Católico e com uma linha editorial declaradamente evangelista, ou seja a TVI.
3) É falso que na Venezuela apesar de formalmente ser uma democracia exista repressão estatal sobre opositores políticos.
Basta para isso ler-mos todos os relatórios sobre a Venezuela emitidos pelas diferente agências da ONU, como a Amnistia Internacional, bem como olharmos para o estudo publicado no "The Economiste" do dia 17 de Novembro, para percebemos que mais uma vez essa percepção Ocidental sobre a democracia e sobre as instituições Venezuelanas é claramente fabricada, que é propaganda, e que não é o reflexo da realidade Venezuelana.
4) É verdade que Chavez quer alterar a Constituição, mas também é verdade que as alterações à nova constituição vão ser referendadas num escrutínio Universal e em liberdade. O mesmo não se pode dizer relativamente ao tratado Constitucional Europeu , que vai ser promulgado não em referendo (como na Venezuela), apesar dos varios compromissos eleitorais, mas pelas Instituições.
Afinal a onde esta a democracia? Crónica de um quase Chavista.