Líbano (resposta a mda)
mda (1 e 2), o debate contigo em torno da guerra no Líbano tem-me deixado a impressão de um estranho desequilíbrio de prioridades. Caralho, irrita-te mais o que os esquerdistas dizem a propósito da guerra que a guerra em si!
Esquece os esquerdistas por agora, deixa lá isso, que temos tempo. Tenta ver as coisas em função dos que lá estão e do que efectivamente lá se passa, não em função das nossas identidadezinhas e tricas, que é onde essa atitude leva. Não deixes que os traumas com os esquerdismos locais (há tantos...) tolham a tua visão global.
Para que debatemos estas coisas? Como sugeri há dias, fazemos a parte ínfima de um debate mais geral na sociedade que constrói a opinião pública e condiciona opções políticas reais. Neste momento a opção é a mensagem política a passar a Israel: ou "parem com essa merda!" ou "façam o que quiserem!". Porquê a Israel? Porque é Israel que tem o poder nesta situação (wikipedia):
* Líbano: cerca de 270 mortos, 540 feridos e 700 000 (!) refugiados
* Israel: 52 mortos (33 dos quais soldados), 500 "tratados em hospitais" (não necessariamente feridos) , 0 refugiados .
Até agora têm feito o que querem, incluindo coisas como bombardear ambulâncias, hospitais, colunas de civis em fuga pela estrada (uma história macabra, cf. Human Rights Watch), a principal fábrica de leite libanesa (mais wikipedia). Haveria militantes do Hezbollah em todos estes sítios?! Para quem consegue matar o Cheik Iassin no meio de uma cidade, isto não é má pontaria, é estratégia deliberada. A discussão sobre as suas motivações é uma coisa, sobre a atitude política a tomar nestas circunstâncias, outra inteiramente diferente.
Penso que é humano, sem ser necessariamente cretino, exigir que se pare este festim. Isso não tem de vir de um tique pró-islâmico/anti-semita esquerdista, mas de uma avaliação de quem merece ser protegido nesta situação muito concreta. Sim, noutra situação poderiam ser os israelitas. É nestas situações que se vê que "defesa dos oprimidos" pode ser muito mais que um slogan cretino.
Esquece os esquerdistas por agora, deixa lá isso, que temos tempo. Tenta ver as coisas em função dos que lá estão e do que efectivamente lá se passa, não em função das nossas identidadezinhas e tricas, que é onde essa atitude leva. Não deixes que os traumas com os esquerdismos locais (há tantos...) tolham a tua visão global.
Para que debatemos estas coisas? Como sugeri há dias, fazemos a parte ínfima de um debate mais geral na sociedade que constrói a opinião pública e condiciona opções políticas reais. Neste momento a opção é a mensagem política a passar a Israel: ou "parem com essa merda!" ou "façam o que quiserem!". Porquê a Israel? Porque é Israel que tem o poder nesta situação (wikipedia):
* Líbano: cerca de 270 mortos, 540 feridos e 700 000 (!) refugiados
* Israel: 52 mortos (33 dos quais soldados), 500 "tratados em hospitais" (não necessariamente feridos) , 0 refugiados .
Até agora têm feito o que querem, incluindo coisas como bombardear ambulâncias, hospitais, colunas de civis em fuga pela estrada (uma história macabra, cf. Human Rights Watch), a principal fábrica de leite libanesa (mais wikipedia). Haveria militantes do Hezbollah em todos estes sítios?! Para quem consegue matar o Cheik Iassin no meio de uma cidade, isto não é má pontaria, é estratégia deliberada. A discussão sobre as suas motivações é uma coisa, sobre a atitude política a tomar nestas circunstâncias, outra inteiramente diferente.
Penso que é humano, sem ser necessariamente cretino, exigir que se pare este festim. Isso não tem de vir de um tique pró-islâmico/anti-semita esquerdista, mas de uma avaliação de quem merece ser protegido nesta situação muito concreta. Sim, noutra situação poderiam ser os israelitas. É nestas situações que se vê que "defesa dos oprimidos" pode ser muito mais que um slogan cretino.
1 Comments:
Não coloco os vizinhos de Israel no grupo quem merece ser protegido nesta situação muito concreta; acho que esse grupo é mais a Europa ou mesmo o Mundo (excepto EUA). Ainda assim confesso que há alturas em que dou por mim a pensar se os aliados não fizeram o Dia D um anito antes do necessário! Mas quem pode adivinhar o futuro?
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