sexta-feira, janeiro 27

Hoje sou Palestino, hoje sou do Hamás!!

Foi com uma enorme satisfação que tomei conhecimento deste enorme marco da luta ANTI-CAPITALISTA protagonizado pela vitória esmagadora e histórica do Hamás, nas eleições DEMOCRÁTICAS, para a Autoridade Palestiniana. Esta vitória vai no seguimento da vitória de outros grupos anti-capitalistas em países de cariz Islâmico, como são o caso do Egipto, Líbano, Iémen. Este conjunto de resultados eleitorais, em regimes democráticos ocidentalizados, vem provar categoricamente o falhanço da tese de FUKUIMA em o Fim da Historia, que tentava provar que a democracia só seria possível, se o modelo de organização social e económico fosse capitalista e enunciava, ainda que o papel histórico do capitalismo era levar a democracia a todo o mundo (basta olharmos para o Iraque para nos apercebermos do tremendo erro desta analise). Impõem-se nesta altura a analise e discussão sobre modelos de organização económica e social e a relação dialéctica que estes estabelecem com os modelos de gestão política dos estados e dos regimes. Eu acredito num modelo Socialista de organização social e económica, num modelo que tenha em conta as teses Marxistas, tenho no entanto algumas dúvidas sobre a forma de se organizar o estado socialista e a concepção de regime deste estado, do Centralismo democrático (seja ele leninista ou de uma concepção da Rosa Luxemburgo) à burocracia, das oligarquias às democracias populares (Castristas e Maoistas ). Esse parece-me ser o debate em aberto depois de um século de regimes "socialistas", essa é a conceptualização necessária para as forças marxistas de hoje, como tomar o poder e como organizar o estado, num mundo globalizado, que dê resposta à enorme densidade e complexidade das redes sociais. Capitulo ao Pós-modernismos ao afirmar que o mundo é mais complexo que a divisão em classes, mas defendo o Marxismo Ortodoxo na importância que reconheço ao Capital enquanto actor chave das relações sociais, e consequentemente a importância do trabalho no estabelecimento das redes sociais (mais complexa que a estrutura de classes mas tendo como pólo aglutinador sempre o trabalho e o capital).