sábado, junho 4

Crise

Gostava que os economistas, maîtres de l'alchimie do séc. XX, fizessem o favor de explicar ao pagode em que é que 3% de défice difere de 6, 7 ou 8% do mesmo, exceptuando no resultado da diferença matemática.
O jargão pode ser técnico, que a malta desenrasca-se.
Ao que os meus néscios conhecimentos de economia chegam - e digo-o não sem uma ponta de orgulho -, tenho como noção daquele uma taxa de aceleração do aumento da dívida pública, e penso não estar longe do que se pode considerar uma verdade científica.
A ser assim, não se objectiva como uma vulgar parvoíce a convenção desse valor, adiando o inadiável? Mais, será minimamente legítimo o apertão?

A crise do capitalismo obriga a esta mistificação política de um problema que não é real, à manutenção de velhos fantasmas constituídos em pólos distintos numa guerra competitiva sem fim, que tudo justifica, mascarando a crise global. Uma guerra fria de novo tipo: económica. A fórmula mantém-se. Culpa-se o Outro objectivo. Os Eua, a UE, a China, etc.