segunda-feira, agosto 18

Maria, agora que estás de volta, e visto que, à Dinamarca, não chegam grandes notícias aqui do burgo, permite-me fazer um pequeno resumo dos acontecimentos da última semana:

- Maggiolo Gouveia, um militar colocado em Timor no tempo da velha senhora, foi executado pela Fretilin há 28 anos atrás, no seguimento daquele ter desertado do exército Português e aderido à UDT, partido que defendia que Timor se mantivesse sob o jugo colonialista de Portugal, tendo posteriormente facilitado a anexação à Indonésia. Nessa altura, um dos pequenos períodos em que houve História em Portugal, a posição oficial do País era a completa descolonização e afirmação da independência de Timor. O corpo foi encontrado, transladado para Portugal - o funeral foi hoje -, e, obviamente, Paulo Portas, que esteve presente, deu-lhe honras militares nomeando o senhor de herói.

- O Público, pela pena da redacção editorial, pediu desculpa a nós, leitores acéfalos e subservientes, por ter permitido que os dois textos de Pedro Miguel Melo de Almeida publicados há cerca de quatro meses, nos quais levantava dúvidas sobre os factos relacionados com o "Holocausto", tenham saído, sem que, pelo menos, o diário tenha evidenciado que o conteúdo seria revisionista. (Não farei qualquer comentário para além do subentendido...)

- As traças continuam, selectivamente, a comer os registos de renovadores nos armários da sede do Partido na Soeiro Pereira Gomes. O comité tem tal apreço pelos acima citados que, assim, não solicita o pagamento de quotas nem os sobrecarrega com excesso de trabalho ao não realizar as respectivas convocações para actividades partidárias.

- No futebol, Pedro Santana Lopes transfere-se para a SIC. Salva a imagem de candidato presidencial resguardando-se das "sovas" de José Socrates. Presumo que irá fazer comentários monologantes a um pivot bajulador e baboso.

- A blogosfera possui, neste momento, membros de todos os partidos, e independentes, do Bloco de Esquerda Conimbricence. Ruptura, Política XXI, PSR, independentes, está cá quase toda a gente. (Excluo a UDP considerando a parca militância na cidade)