terça-feira, abril 3

A CGTP e a guerra de termos!

Foi ontem lançado o desafio pela cgtp da realização de uma "greve em todos os sectores de actividade", estranho foi a fuga ao termo "greve geral", mas deixou claro que a greve é para ser seguida por todos os sindicatos.
Declaração estranha esta, importa reflectir sobre o porque da fuga ao termo greve geral. Os prosadores do Neo-liberalismo apressaram-se a afirmar a falência do movimento sindical. Estranho em tudo isto é a caracterização que Carvalho da Silva faz de "greve generalizada", em afirmações na própria conferencia de imprensa Carvalho da Silva informa que a "greve generalizada" surge pela necessidade de dar "resposta máxima" ao governo e ao patronato.
Seriamos então levados a crer que a fuga ao termo greve geral, uma vez que a própria caracterização de Carvalho da Silva de "greve generalizada" é idêntica à que aparece em todos os livros de Marxismo quando estes se propõem a definir greve geral, seria por dificuldades objectivas para a realização, se deve à falta de condições objectivas ou a uma correlação de forças negativa. Uma vez mais Carvalho da Silva surpreende e responde "Não é por dúvidas quanto à capacidade de mobilização, mas sim quanto a saber qual a forma mais eficaz de atingirmos os nossos objectivos.", ora se existe forma de forçar o governo a alterar as condições objectivas de vida dos trabalhadores é através de uma greve geral.
Algo vai mal na CGTP quando o seu discurso é de tal forma ambíguo e incoerente que apenas lança confusão entre os seus associados e entre todos os trabalhadores.



Após esta declaração de Carvalho da Silva não consigo deixar de pensar que o que faz falta é refundar a cgtp, pondo de lá para fora os cães de fila do PCP e os seus burocratas.