quarta-feira, abril 5

photo continuando a versar sobre o tema abaixo abordado pela Sandra [a perseguição (digo eu) policiesca aos downloads, trocas e cópias gratuit@s de música (e também de outros materiais) da e na internet]: quem realmente anda extremamente preocupado com tudo isso são (praticamente só) as editoras porque estas sempre foram absolutamente tacanhas na sua abordagem comercial aos novos tempos; vejamos: surgiu o cd e (com a sua massificação) atingiram-se valores astronómicos e (anteriormente) inimagináveis de vendas das editoras, ainda mais contando com as constantes vagas de revivalismo(s) [que mais não são do que inteligentes criações/manobras de marketing comercial para se conseguir vender música do passado quando novas gerações adultas já têm alguma(s) nota(s) na carteira]; seguidamente, apareceu o advento do dvd e logo tivemos mil e uma reposições de albúns musicais já anteriormente editados [mas sempre com (pequenos) extras!] e a novidade dos concertos musicais ao vivo (normalmente de bandas do passado, pois o preço de venda desses dvd's são-no apenas accessíveis para a tal nova geração adulta, já com alguma nota na carteira); agora, para breve, parece que irá surgir o blue-ray e o dvd-hd, que mais não deverão ser do que a nova[-velha] fórmula mágica de as editoras venderem o(s) mesmo(s materiais) por outras (novas-velhas) formas/suportes.
enfim, as editoras continuam a vender, a vender, a vender... preocupa-as apenas as enormes (eventuais) vendas perdidas com ess@s downloads, trocas e cópias gratuit@s de música na internet, pois as editoras não conseguem ver nisso [downloads, trocas e cópias gratuit@s de música na internet] a promoção e/ou divulgação de um projecto/banda.
se as editoras não funcionassem meramente como meras empresas (de)predadoras [vulgo, capitalistas] com o seu único objectivo a serem os lucros (sempre crescentes!) mas, pelo contrário, se as editoras fossem agentes de um mutualismo cooperativista no mundo das artes, julgo que este problema [d@s downloads, trocas e cópias gratuit@s na internet] já não se punha (pelo menos de forma tão gritante). os lucros astronómicos desde sempre auferidos pelas editoras serão investidos em apoios a novos projectos/bandas, arriscando-se em "novos modelos" e "novos sons"?? sinceramente, não me parece que assim seja.
no seguimento disto, veja-se a edição desta semana do NME [cuja capa se mostra junto deste texto], em que Thom Yorke (vocalista dos Radiohead) fala sobre o novo álbum da banda (já na forja, fique-se [ansiosamente] à espera!!!) mas sobre o assunto presente [o que agora mais nos interessa] Thom Yorke expõe algumas das verdades sobre a indústria musical: "the mainstream music business is a bunch of [fucking] retards" [como se pode ver na chamada de capa do NME] e ainda acrescenta que "the whole Arctic Monkeys phenomenon was kind of funny because it was really just the mainstream waking up to the fact that the internet exists". posteriormente Thom Yorke desdenhou [do aproveitamento sensacionalista das suas declarações, realizado nesta edição] do NME.