terça-feira, abril 4

Fui hoje (pouco) surpreeendida com a notícia das queixas-crime apresentadas pela Associação Fonográfica Portuguesa à PJ, em virtude dos Downloads ilegais.
Depois de ler aqui a notícia, acompanhei os desenvolvimentos nos serviços noticiosos de alguns canais televisivos.
Foram entrevistadas vários representantes de editoras discográficas e um representante da SPA, e todos eles afirmavam a irreparavel lesão que o Download não pago inflige sobre o autor.
Se a possibilidade de fazer Downloads gratuitos (chamem-lhes ilegais) torna o autor (ou o seu trabalho) conhecido do público - veja-se o caso dos Artic Monkeys - e permite divulgar autores que não se encontram sob a protecção de uma editora, ora, toda esta divulgação permite ao autor (ou banda) ter mais público nos seus concertos e um maior número de concertos marcados.
Quem faz música tem um maior rendimentos com os concertos que "dá", do que com o número de CDs que vende (os direitos de autor variam entre 10% e 20% do preço do CD sem IVA, o que dá perto de 3% a cada membro da banda). O grande bolo continua a pertencer à editora, a verdadeira lesada com o Download gratuito.