sábado, fevereiro 4

Sobre a Homossexualidade ( I )

Parece que o meu último post provocou alguma irritação entre os mais sensíveis. A vida é assim, há sempre alguém que diz o que ninguém quer dizer, há sempre alguém que sente o que o que a vida realmente é, há sempre alguém que não se deixa dominar por lóbis, seja ele o lóbi do cimento ou lóbi dos homossexuais. Essa coisa que deixarmos de ser João, Manuel, Eduardo, António ou outro qualquer nome fictício para passarmos a ser homossexual interessa a quem? A quem interessa deixar de ser ele próprio para passar a ser mais um número (sem rosto) ao serviço de uns quantos, calmamente deitados no seu covil? Quantas pressões já não deve ter sofrido, segundo corre na blogosfera, Sócrates ou Portas para tornarem publica a sua identidade sexual? A quem convinha isso? Entendo como sempre entendi que a sexualidade é algo do foro estritamente privado, e como tal não deve ser nem manipulável nem usado como arma de arremesso. Casamento entre pessoas do mesmo sexo (sejam elas de que orientação sexual forem, podemos ter projectos de vida com outro(a) independentemente da relação sexual que temos com essa pessoa) sim. Adopção de crianças por parte de famílias, cuja estrutura familiar e dinâmica familiar não seja maioritárias, obviamente não. Sou contra que se façam experiencias (a adopção de crianças por parte de famílias homossexuais é uma experiencia) só porque alguém entende baseando-se no direito divino que sim. O direito, o direito ligado à regulamentação de práticas sociais, não pode ser punitivo, ele tem que ser a transposição de normas sociais abrangentes e já apreendidas pela maioria da população.
Sou conservador? Se ser conservador é ser contra essa mania dos tempos pós-modernos, de tornar publico a coisa privada, então sou. Se ser conservador é defender cegamente um conjunto de direitos idealizados, justificados por um direito divino baseado na falsa premissa de que todos somos iguais, então não sou. Nem na dimensão da dor, da fome, da solidão somos iguais quanto mais na capacidade de fazer alguém crescer e ser feliz.