Ainda a adopção (Resposta ao Gaminha)
1 - Tens de arranjar cadeiras mais seguras.
2 - Não se trata de satirizar ninguém, apenas de estabelecer comparações possíveis.
3 - Não sendo a homossexualidade uma prática biológica, não me parece que seja motivada por factores culturais, é uma orientação individual de cariz privado condicionada, é claro, por condicionalismos culturais mas não é um produto da cultura.
4 - De facto, comparar homossexuais a terroristas é absurdo e, no entanto, estebeleces essa comparação. Num dos casos trata-se de pessoas com uma orientação sexual não maioritária, no outro trata-se de criminosos.
5 - Essa salvaguarda é uma cedência ao preconceito social que apenas o reproduz. Não me parecem que um casal, por ser homossexual, não consiga criar uma criança de forma tão saudável como um casal heterossexual. As reacções que surgem daí são as mesma que surgem com filhos de famílias monoparentais ou pais divorciados. O desvio à norma é sempre castigado socialmente até ser aceite e a melhor forma eliminar estas tensões é aceitando as práticas, normalizando-as, ou seja, dando-lhes suficiente visibilidade para que deixem de ser encaradas como anómalas. As "dinâmicas sociais" não existem independentes do que a rodeia, não mudam por decreto divino, mudam pelas práticas e pela sua aceitação.
6 - Em resposta ao comentário anónimo no post do Gaminha, a "razão consensual da maioria do seu [da lei] tempo" é preconceituosa e profundamente discriminatória e aguardar que esse fenómenos mude não só não é neutro como reproduz essa lógica. A "razão consensual da maioria" não o direito de ser discriminatória em relação a minorias, esta é uma lição básica a retirar da II Guerra Mundial.
2 - Não se trata de satirizar ninguém, apenas de estabelecer comparações possíveis.
3 - Não sendo a homossexualidade uma prática biológica, não me parece que seja motivada por factores culturais, é uma orientação individual de cariz privado condicionada, é claro, por condicionalismos culturais mas não é um produto da cultura.
4 - De facto, comparar homossexuais a terroristas é absurdo e, no entanto, estebeleces essa comparação. Num dos casos trata-se de pessoas com uma orientação sexual não maioritária, no outro trata-se de criminosos.
5 - Essa salvaguarda é uma cedência ao preconceito social que apenas o reproduz. Não me parecem que um casal, por ser homossexual, não consiga criar uma criança de forma tão saudável como um casal heterossexual. As reacções que surgem daí são as mesma que surgem com filhos de famílias monoparentais ou pais divorciados. O desvio à norma é sempre castigado socialmente até ser aceite e a melhor forma eliminar estas tensões é aceitando as práticas, normalizando-as, ou seja, dando-lhes suficiente visibilidade para que deixem de ser encaradas como anómalas. As "dinâmicas sociais" não existem independentes do que a rodeia, não mudam por decreto divino, mudam pelas práticas e pela sua aceitação.
6 - Em resposta ao comentário anónimo no post do Gaminha, a "razão consensual da maioria do seu [da lei] tempo" é preconceituosa e profundamente discriminatória e aguardar que esse fenómenos mude não só não é neutro como reproduz essa lógica. A "razão consensual da maioria" não o direito de ser discriminatória em relação a minorias, esta é uma lição básica a retirar da II Guerra Mundial.
posted by MDA at 10:59
8 Comments:
o mesmo anónimo:
esta discussão pode não ter fim se quisermos: - eu não disse que o consenso da maioria é razão. O que eu quis dizer foi, por exemplo: -urge a legalização da prostituição, mas como salvaguarda da democracia, e da vontade da maioria(o voto), COMO GARANTE DO NÃO ABUSO DE PODER, é preciso esperar que a maioria mude, e por isso minorias vão sofrendo a desigualdade. E neste caso de uma gravidade bastante menos suportável-a ilegalidade da prostituição.
A democracia é um sistema imcompleto, cheio de falhas, que permitem não só a injustiça por apurar, mas também a distorção ao próprio sistema, fazendo dele corruptível e permitindo a sua regreção! Do ideal à prática, da ética á lei.. há uma distância que parece, por enquanto, incontornável.
Comparar a discriminação que teve lugar na 2ª guerra mundial, com a da adopção de crianças por casais homosexuais, esta que está em função da evolução do tempo, enquanto a anterior estava em oposição a evolução dos tempos, não é comparação válida.
De resto, foram detalhes que escaparam, ora a mim, ora a ti, parece-me que estamos todos de acordo.
Parece-me que, no entanto, não estamos de acordo e a tua concepção de democracia é muito pouco exigente. Só pedia uma leitura mais cuidada do que escrevo para não dizeres que eu comparo a adopção de crianças por homossexuais com a questão da II Guerra Mundial. Trata-se apenas de um exemplo de ditadura da maioria. Certo?
caso se adoptasse uma lei que permitisse a adopção de crianças por casais do mesmo sexo, quem tomaria tal decisão?
existe a necessidade de referendo, ou não?
recentemente, foi atraves de referendos, que se impediu que a UE, acrescentasse um tratado a sua constituição..
o que está em causa é a Democracia, que é um sistema que de uma forma só satifaz a maioria, e de outra é facil de ser corruptivel.. dos males, o menor, porque estando a maioria satisfeita, e sendo interveniente, a igualdade é rasoavelmente garantida..
a 2ª guerra só surge, quando deixa de existir uma maioria interveniente..
não foi uma ditadura de maioria, toda a ditadura(enquanto sistema politico, não é feita de maiorias)..
a ditadura que dita que os homossexuais não podem adoptar filhos, ou que diz não a legalização da prostituição, é a da maioria que necessita ser educada, não licenciada, mas educada.. mas enquanto não for, para bem da democracia, é deixá-la teimar, nunca decidir por ela, ela é que tem que decidir.. assim maioria não é razão, mas tem de ser a força..
..ah! voltando atrás,pois.. mas eu tambem não disse que tu comparaste adopção de crianças por homosexuais com a questão da segunda guerra mundial.. comendo apenas umas duas palavras ao meu texto,eu disse que tu comparaste a descriminação 1º caso(que ocorreu na 2ºguerra), com a descriminação do 2ºcaso.. e embora descriminação, seja sempre descriminação.. a descriminação que leva um sistema a escravisar e matar sujeitos, e a descriminação que leva um sitema a não permitir a adopção de crianças por casais homosexuais.. para mim são descriminações merecedoras da distinção.. e rejeitei foi a comparação da gravidade, porque não há termo de comparação possivel, são minorias que não se podem comparar.. que em comum só têm mesmo o facto de serem minorias e tal não chega para estabelecer nem a comparação que fizeste..
Estás a brincar, certo?
..NÃO
é pena.
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