quarta-feira, janeiro 17

Todos e todas...

Em voga está a expressão a todos e a todas. "Todos e Todas" inicia discursos agradecendo a presença de todas as pessoas, de todos os indivíduos. Todas as canetas e todos os lápis ficam ao dispor de todos e todas, todas as pessoas, todos os indivíduos, e qualquer um ou qualquer uma pode opinar sobre os assuntos expostos, qualquer indivíduo, qualquer pessoa.
Em todos os locais, para todas as Assembleias se vai tornando entediante, estes usos, estas aplicações, da nossa linguística, do nosso vocabulário. Desta forma, deste modo, na cidade de Coimbra, no espaço da Universidade, algumas pessoas, alguns indivíduos decidiram criar um movimento retaliador. Nasce assim, hoje, no departamento de Física da UC, pelas 00h30min, o

Movimento pelo FIM da "Todos e Todas!"

Falem português!

Não existem dois plurais. Um bloquista e uma bloquista, são, para além de outras coisas, dois bloquistas! Um esquerdalho e uma esquerdalha totalizam dois esquerdalhos, duas pessoas, dois indivíduos. Um comuna e uma comuna totalizam dois comunas, duas entidades, dois elementos.

Ninguém aprende, na escola, a usar o @ para definir o plural, quando este engloba o masculino e o feminino. Não! Isso não é português! Não é na linguística que há falta de igualdade de direitos entre homens e mulheres, mas sim nas acções, na confiança depositada neles e nelas, que nem sempre reflete a capacidade da pessoa, mas muitas vezes o género implicado. O uso desadequado dessas expressões pode até ser visto como ridicularizante, a fazer pouco dos sujeitos, das entidades a quem nos dirigimos. Não ridicularizem os destinatários da vossa mensagem.

Adiram ao MFTT.

8 Comments:

Blogger MDA said...

Onde é que assino?

1/18/2007 11:33:00 da manhã  
Blogger Boris Shroeder said...

Eu encontro-te e passo-te umas folhas de recolha "abaixo-assinado"

1/19/2007 11:30:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Temos que ter uma linguagem inclusa para com os mais desfavorcidos. Eu sou contra!

1/23/2007 11:58:00 da tarde  
Blogger Alberto said...

Concordo. Os «desfavorcidos» são a vergonha deste país.

1/26/2007 04:17:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Se a @ te conseguiu pôr a pensar sb se a desigualdade está na linguagem ou na realidade é mais uma razão para o continuarmos a usar. Pode ser que a seguir à indignação a malta se ponha a pensar pq raio é q alguém se dá ao trabalho de violar o mais básico universal linguístico -- o da economia -- só para fazer um plural inclusivo de género. Da linguagem às acções. Farei oposição ao movimento.

2/06/2007 02:16:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Se a falta de igualdade de direitos entre homens e mulheres está só nas acções e não na linguagem porque não começamos a usar o feminino como termo genérico? Por exemplo, numa conferência em que o orador é um homem e a plateia é maioritariamente composta por homens, o orador deve dirigir-se-lhes da seguinte forma:
"Todas nós aqui presentes sabemos que..."
Fica a proposta.

2/06/2007 02:22:00 da manhã  
Blogger MDA said...

Além de anónimo, dá seca!

2/06/2007 10:15:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

A inclusão não está apenas nas ações, mas também nas palavras, na língua e, consequentemente, na linguística também. Até porque se as palavras não fossem importantes o Sr. Boris Shroeder não se preocuparia em redigir esta mensagem/post.

9/26/2008 11:03:00 da tarde  

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