Um contributo a uma qualquer discussão parva do blogue.
Tenho visto com algum regozijo um bate-boca, que é apenas o que pode existir com pessoas (!?) que não assinam posts, muito gostoso (perdoem-me a cópia pequeno-burguesa e reaccionária) entre um porta-voz de um aparente grupelho maçónico, que acredita que para fazer a revolução (seja lá o que isso for!?) basta apenas um decreto, e um muito amigo (diferenças politicas à parte) burguês e bon vivant Kamarada. Em abono da verdade, toda esta discussão não faz sentido. Tal como dizia um velho e sábio senhor "A revolução (!?), tal como o AMOR, não são possíveis sem um programa de transição", e para bem da verdade (ou não fosse ela revolucionária), nesse campo, tanto um como outro há muito esqueceram o significado de programa de transição. Um perdeu-se para a social-democracia honesta (mas porra!! honesta ou não é social democracia) e o outro perdeu-se para um revisionismo histórico que dá pelo nome de ESTALINISMO MAÇÓNICO. Em vez de perderem tempo com discussões estéreis, aproveitem o verão para se apaixonarem, para verem bucólicas libelinhas a planar sobre os seios de campestres donzelas.
Em jeito de dedicatória/conselho oiçam as sábias palavras do mestre neo-realista Raul Brandão:
"""
Ouço sempre o mesmo ruído de morte que devagar rói e persiste...
Uma vila encardida - ruas desertas - pátios de lajes soerguidas pelo único esforço da erva - o castelo - restos intactos de muralha que não têm serventia. Uma escada encravada nos alvéolos das paredes não conduz a nenhures. Só uma figueira brava conseguiu meter-se nos interstícios das pedras e delas extrai suco e vida. (... ) Sobre isto um tom denegrido e uniforme: a humidade entranhou-se na pedra, o sol entranhou-se na humidade. (... )
Silêncio. (...) Ouço sempre o trabalho persistente do caruncho que rói há séculos na madeira e nas almas.
Húmus
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Em jeito de dedicatória/conselho oiçam as sábias palavras do mestre neo-realista Raul Brandão:
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Ouço sempre o mesmo ruído de morte que devagar rói e persiste...
Uma vila encardida - ruas desertas - pátios de lajes soerguidas pelo único esforço da erva - o castelo - restos intactos de muralha que não têm serventia. Uma escada encravada nos alvéolos das paredes não conduz a nenhures. Só uma figueira brava conseguiu meter-se nos interstícios das pedras e delas extrai suco e vida. (... ) Sobre isto um tom denegrido e uniforme: a humidade entranhou-se na pedra, o sol entranhou-se na humidade. (... )
Silêncio. (...) Ouço sempre o trabalho persistente do caruncho que rói há séculos na madeira e nas almas.
Húmus
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