Um novo maio de 68?
Desde sexta-feira mais de 100 mil estudantes de quase metade das universidades francesas realizaram algum tipo de ocupação em suas instituições contra a nova lei trabalhista do governo contra a juventude. Segundo a agência de notícias francesa AFP, 40 das 84 universidades do país foram ocupadas nesta sexta-feira.
Os protestos são uma reacção à lei que foi aprovada pelo parlamento francês na quinta-feira, que facilita demissões de trabalhadores jovens. Chamada de lei do Contrato do Primeiro Emprego, prevê que o posto de trabalho permaneça com jovens com idade até 26 anos por apenas dois anos, e que a partir daí estes não terão nenhuma garantia do emprego, pois a lei não apresenta a necessidade de o patrão apresentar justa causa para demitir. O governo francês alega cinicamente que a lei serviria, ao contrário do que dizem os estudantes, para empregar mais jovens devido às maiores facilidades para os patrões.
Estudantes já protestavam nas ruas fechando vias e aeroportos.
O maior protesto estudantil foi até agora a ocupação da Universidade de Sorbonne, conhecida por abrigar no final da década de 60, históricas manifestações da juventude.
Cerca de 400 pessoas ocupavam a universidade havia três dias e organizavam uma greve geral.
A reitoria da universidade chamou a tropa de choque da polícia que se posicionava em frente à universidade para invadir o local na madrugada e utilizar de força extrema contra os estudantes. A medida foi anunciada depois que o administrador de Educação, Nicolas Boudot, anunciou que vândalos invadiram a Sorbonne quebrando janelas e que nem todos eram estudantes da universidade.
Logo depois da meia-noite a tropa de choque utilizou cassetetes e gás lacrimogéneo para dispersar os estudantes de dentro do prédio principal. Estes reagiram jogando objectos das janelas em cima dos policiais, como cadeiras e extintores, quando estes desmontavam uma barricada armada na entrada do prédio.
Os manifestantes, presos deixaram o prédio sob gritos de "A Sorbonne pertence aos estudantes".
Após serem expulsos à força os estudantes disseram que seguirão as ocupações que tomam outras universidades.
O governo deu mais sinais de que não pretende atender às reivindicações de estudantes e que começará uma perseguição às lideranças estudantis. O ministro da Educação, Gilles de Robien, em visita à Sorbonne, depois de ser desocupada pela polícia, anunciou que "todos os que fizerem um apelo à mobilização" serão considerados "responsáveis em caso de novos confrontos". (AFP, 11/3/2006). E pediu aos estudantes não grevistas que "convençam os violentos de que esta revolta é completamente estéril e que pode se tornar um drama".
As maiores manifestações estudantis desde o Maio de 68 já provocaram grande alarde no governo Villepin. Uma pesquisa de opinião divulgada no começo da semana indicou uma queda de sete pontos na aprovação do primeiro-ministro, que antes era considerada sólida.
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Talvez falte uma dinâmica que permita dar um salto qualitativo, uma dinâmica que inclua outros actores de descontentamento social, para que este chorrilho de protesto consiga incendiar o império, e logo no seu coração moral!
Os protestos são uma reacção à lei que foi aprovada pelo parlamento francês na quinta-feira, que facilita demissões de trabalhadores jovens. Chamada de lei do Contrato do Primeiro Emprego, prevê que o posto de trabalho permaneça com jovens com idade até 26 anos por apenas dois anos, e que a partir daí estes não terão nenhuma garantia do emprego, pois a lei não apresenta a necessidade de o patrão apresentar justa causa para demitir. O governo francês alega cinicamente que a lei serviria, ao contrário do que dizem os estudantes, para empregar mais jovens devido às maiores facilidades para os patrões.
Estudantes já protestavam nas ruas fechando vias e aeroportos.
O maior protesto estudantil foi até agora a ocupação da Universidade de Sorbonne, conhecida por abrigar no final da década de 60, históricas manifestações da juventude.
Cerca de 400 pessoas ocupavam a universidade havia três dias e organizavam uma greve geral.
A reitoria da universidade chamou a tropa de choque da polícia que se posicionava em frente à universidade para invadir o local na madrugada e utilizar de força extrema contra os estudantes. A medida foi anunciada depois que o administrador de Educação, Nicolas Boudot, anunciou que vândalos invadiram a Sorbonne quebrando janelas e que nem todos eram estudantes da universidade.
Logo depois da meia-noite a tropa de choque utilizou cassetetes e gás lacrimogéneo para dispersar os estudantes de dentro do prédio principal. Estes reagiram jogando objectos das janelas em cima dos policiais, como cadeiras e extintores, quando estes desmontavam uma barricada armada na entrada do prédio.
Os manifestantes, presos deixaram o prédio sob gritos de "A Sorbonne pertence aos estudantes".
Após serem expulsos à força os estudantes disseram que seguirão as ocupações que tomam outras universidades.
O governo deu mais sinais de que não pretende atender às reivindicações de estudantes e que começará uma perseguição às lideranças estudantis. O ministro da Educação, Gilles de Robien, em visita à Sorbonne, depois de ser desocupada pela polícia, anunciou que "todos os que fizerem um apelo à mobilização" serão considerados "responsáveis em caso de novos confrontos". (AFP, 11/3/2006). E pediu aos estudantes não grevistas que "convençam os violentos de que esta revolta é completamente estéril e que pode se tornar um drama".
As maiores manifestações estudantis desde o Maio de 68 já provocaram grande alarde no governo Villepin. Uma pesquisa de opinião divulgada no começo da semana indicou uma queda de sete pontos na aprovação do primeiro-ministro, que antes era considerada sólida.
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Talvez falte uma dinâmica que permita dar um salto qualitativo, uma dinâmica que inclua outros actores de descontentamento social, para que este chorrilho de protesto consiga incendiar o império, e logo no seu coração moral!
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