Pensar o cinema
Uma das questões mais controvertidas a respeito do cinema é afirmar se a essência da arte cinematográfica é a realidade ou a ilusão. O cinema seria de fato uma reprodução quase mecânica do real, onde a câmera apenas reproduz fielmente as relações que subsistem na realidade, ou o cineasta manipula a realidade como sua matéria-prima para transformá-la segundo sua visão artística?
De fato, o cinema é por definição um processo ilusório. A idéia de movimento no cinema é apenas uma fabricação mental, já que o que é projetado á apenas uma série de fotogramas estáticos, isto é, um conjunto de fotografias, expostas numa tal velocidade (24 por segundo) que a nossa percepção as absorvem como contínuas. Isto ocorre devido ao princípio da intermitência da visão, descoberto no início do século pelos estudiosos da Gestalt.
Mas por outro lado, o cinema guarda uma exta relação de proporcionalidade com o real. Ao longo de sua história, o cinema ainda desenvolveu uma técnica narrativa cuja transparância acentua a impressão de realidade, envolvendo o espectador, que se identifica com as personagens e as situações do roteiro, gerando uma expectativa e um suspense.
Por isso, ao invés de se afirmar se cinema é realidade ou ilusão, é mais adequado afirmar que o cinema é ao mesmo tempo realidade e ilusão. Entre estes dois conceitos que se repelem mutuamente, cada filme está situado em um ponto numa linha que liga os dois pólos diametralmente opostos. Em meio a este continuum, um filme pode estar mais perto de um dos pólos. Estes pólos ? a realidade ou a ilusão ? podem ser representados através do documentário e da avant-garde. Mas ainda assim, é fácil perceber que não existe nenhum filme que seja totalmente real ou outro que seja totalmente ilusório, desprovido do real. Mesmo num documentário, o cineasta teve que escolher um determinado assunto para filmar, selecionando entre uma série de outros assuntos possíveis, e se escolheu um, e não outro, sua influência como indivíduo pensante já se fez presente no filme, um aretifício externo à realidade em si.
De fato, o cinema é por definição um processo ilusório. A idéia de movimento no cinema é apenas uma fabricação mental, já que o que é projetado á apenas uma série de fotogramas estáticos, isto é, um conjunto de fotografias, expostas numa tal velocidade (24 por segundo) que a nossa percepção as absorvem como contínuas. Isto ocorre devido ao princípio da intermitência da visão, descoberto no início do século pelos estudiosos da Gestalt.
Mas por outro lado, o cinema guarda uma exta relação de proporcionalidade com o real. Ao longo de sua história, o cinema ainda desenvolveu uma técnica narrativa cuja transparância acentua a impressão de realidade, envolvendo o espectador, que se identifica com as personagens e as situações do roteiro, gerando uma expectativa e um suspense.
Por isso, ao invés de se afirmar se cinema é realidade ou ilusão, é mais adequado afirmar que o cinema é ao mesmo tempo realidade e ilusão. Entre estes dois conceitos que se repelem mutuamente, cada filme está situado em um ponto numa linha que liga os dois pólos diametralmente opostos. Em meio a este continuum, um filme pode estar mais perto de um dos pólos. Estes pólos ? a realidade ou a ilusão ? podem ser representados através do documentário e da avant-garde. Mas ainda assim, é fácil perceber que não existe nenhum filme que seja totalmente real ou outro que seja totalmente ilusório, desprovido do real. Mesmo num documentário, o cineasta teve que escolher um determinado assunto para filmar, selecionando entre uma série de outros assuntos possíveis, e se escolheu um, e não outro, sua influência como indivíduo pensante já se fez presente no filme, um aretifício externo à realidade em si.
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