segunda-feira, dezembro 12

Presidenciais

1 - Cavaco a deixar que se vá descobrindo a careca (seria bom que os outros candidatos fossem tão incisivos como Louçã o foi no debate a dois).
2 - Soares, aparentemente, ainda não começou a escalar mas já foi agredido. É-lhe, pelo menos, reconhecida importância suficiente para que seja agradecido (mesmo que por um ex-combatente imbecil).
3 - Jerónimo fala para o eleitorado do PCP e faz a campanha completamente colado ao partido o que pode não lhe ser muito favorável na medida em que lhe pode danificar a simpatia que conquistou na campanha das legislativas.
4 - Alegre tem um percurso muito comparável ao de Cavaco: começa com uma aura que é querida ao seu eleitorado (no caso, o inconformado defensor da liberdade) mas, à medida que vai falando, os disparates sucedem-se e o eleitorado de Esquerda talvez não vá na conversa patrioteira ou na proposta de criação de um exército da CPLP.
5 - Louçã teve um começo modesto mas mostrou estar em plena forma no debate contra Cavaco enfrentando-o e empurrando-o para onde queria. Se Louçã conseguir manter este nível de intervenções públicas (a intervenção que teve na Madeira também foi muito decente) e acabar de uma vez por todas com as alusões da filhas (próprias ou de terceiros), talvez obtenha um resultado muito positivo nas eleições e, mais do que isso, talvez consiga puxar o debate da campanha para questões importantes que desmistifiquejm a aura de Cavaco.
6 - O modelo dos debates é o reflexo de uma americanização da política cada vez mais insuportável. Além do mais, a qualidade jornalística dos moderadores da TVI roça a nulidade e tanto Miguel Sousa Tavares como Constança Cunha e Sá revelam a sua imbecilidade na má condução do debate e na procura de protagonismo do estilo "aposto que não sabias que eu estava por dentro deste assunto! A ver se te safas desta!".