Stalin recortes
Álvaro Cunhal ainda não tinha feito 22 anos quando, após uma viagem de comboio como clandestino pela Alemanha nazi e pela Polónia do ditador Pilsudski, chegou a Moscovo e viu, pela única vez na sua vida, "o amado guia, chefe e mestre de toda a humanidade progressiva, o grande amigo dos trabalhadores", como o definirá, ao comunicar a sua morte aos camaradas, o Comité Central do PCP.
"Por que dar pontapés?" Perguntei, surpreendido: - "assim o sangue não respinga na nossa túnica. Você pode imaginar quanto trabalho nos teríamos na nossa vida se tivéssemos que limpar o uniforme todo o dia?"
(Diálogo de Jacques Rossi, prisioneiro no Gulag (1937-1956), com um dos guardas)
O GULAG (?Glavenoe Uporavlenie Lagerei?, Administração Central dos Campos) consistia em uma vasta rede de campos de trabalhos forçados que se espalhavam por todo o comprimento e toda a largura da ex-União Soviética, das ilhas do Mar Branco às costas do Mar Negro, do Círculo Ártico às planícies da Ásia Central, de Murmansk a Vorkuta e ao Cazaquistão, do centro de Moscou à periferia de Leningrado.
GULAG, com o tempo, passou a indicar também o próprio sistema soviético de trabalho escravo, em todas as suas formas e variedades: campos de trabalhos forçados, campos punitivos, campos criminais e políticos, campos femininos, campos infantis, campos de trânsito. Ou seja, todo o sistema repressivo soviético, o conjunto de procedimentos que os presos outrora denominaram como ?o moedor de carne?: as prisões, os interrogatórios, o traslado em vagões de gado sem aquecimento, o trabalho forçado, a destruição de famílias, os anos de degredo e as mortes prematuras e desnecessárias.
O número total de prisioneiros nos campos costumava girar em torno de 2 milhões, mas o número total de cidadãos soviéticos que tiveram alguma vivência dos campos, na condição de presos políticos, é muito maior. De 1919, quando o GULAG iniciou sua maior expansão, a 1953, quando morreu Stalin, as melhores estimativas indicam que cerca de 18 milhões de pessoas passaram por esse infame sistema.
"Por que dar pontapés?" Perguntei, surpreendido: - "assim o sangue não respinga na nossa túnica. Você pode imaginar quanto trabalho nos teríamos na nossa vida se tivéssemos que limpar o uniforme todo o dia?"
(Diálogo de Jacques Rossi, prisioneiro no Gulag (1937-1956), com um dos guardas)
O GULAG (?Glavenoe Uporavlenie Lagerei?, Administração Central dos Campos) consistia em uma vasta rede de campos de trabalhos forçados que se espalhavam por todo o comprimento e toda a largura da ex-União Soviética, das ilhas do Mar Branco às costas do Mar Negro, do Círculo Ártico às planícies da Ásia Central, de Murmansk a Vorkuta e ao Cazaquistão, do centro de Moscou à periferia de Leningrado.
GULAG, com o tempo, passou a indicar também o próprio sistema soviético de trabalho escravo, em todas as suas formas e variedades: campos de trabalhos forçados, campos punitivos, campos criminais e políticos, campos femininos, campos infantis, campos de trânsito. Ou seja, todo o sistema repressivo soviético, o conjunto de procedimentos que os presos outrora denominaram como ?o moedor de carne?: as prisões, os interrogatórios, o traslado em vagões de gado sem aquecimento, o trabalho forçado, a destruição de famílias, os anos de degredo e as mortes prematuras e desnecessárias.
O número total de prisioneiros nos campos costumava girar em torno de 2 milhões, mas o número total de cidadãos soviéticos que tiveram alguma vivência dos campos, na condição de presos políticos, é muito maior. De 1919, quando o GULAG iniciou sua maior expansão, a 1953, quando morreu Stalin, as melhores estimativas indicam que cerca de 18 milhões de pessoas passaram por esse infame sistema.
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