sexta-feira, julho 16

Saudações a todos! Sou novo por estas paragens, e é com alguma timidez que dou este primeiro ar da minha graça. Como a dura labuta teórica não é coisa apropriada ao tórrido calor que se faz sentir, começo pelo expediente fácil da citação. De mais a mais, diz também muito vagamente respeito à polémica referida no último post do AP. Vem no "Inimigo Público" de hoje. Apreciem.
 
--------------------
 
Boaventura de Sousa Santos chora morte da democracia e refugia-se nas montanhas
 
O conhecido sociólogo Boaventura de Sousa Santos declarou ontem luto pela democracia e pretende agora passar um período de nojo nas montanhas. O professor catedrático viu a sua amada democracia esvair-se perante os seus olhos à medida que o presidente Sampaio fazia a sua declaração sobre a não convocação de eleições. No dia seguinte, em declarações à televisão, o sociólogo considerou que "fora as vezes que Cavaco ganhou as eleições, o dia em que Soares se tornou presidente, a AD ter extinto o conselho da Revolução, a Reforma Agrária ter acabado, as fábricas terem voltado a ser de empresários e os estudantes serem avaliados de alguma forma, este é o dia mais triste da história de Portugal".
O sociólogo tem agora intenções de se refugiar algures no Maciço Central, junto ao povo beirão. Sousa Santos está convicto da necessidade de persuadir as pequenas comunidades rurais das redondezas a aderir à pós-modernidade e a abdicar do discurso positivista da ciência, bem como a juntarem-se às duas grandes manifestações anti-globalização e contra Santana Lopes em Linhares da Beira e Alvoco da Várzea.