quarta-feira, janeiro 28

Ri.
Ri no topo do escárnio, na delicadeza do sorriso, no egoísmo da alma.
Ri com a força das entranhas, dos pulmões, da lágrima que rola, do grito alucinado.
Ri do pobre e do rico, do cego e do atleta, do rei e do asceta.
Ri no limite e mais além, na inércia da aurora, nos subúrbios do crepúsculo.
Ri do traje de campino e das ceroulas das moçoilas, da carreteira da matemática e do átrio da república.
Ri dos estereótipos, preconceitos, à esquerda... e à direita, da intransigência, ignorância, à direita... e à esquerda.
Ri da criança que cai e do outro que ri da criança que caiu.
Ri na presença de um amigo ou só, sob um tapete no quarto.
Só isso...
... RI!