O PG, no bloguÃtica nacional, faz uma entrada de reflexão sobre o espaço de cidadania - motivada por uma outra entrada no mar salgado-, onde se levantam várias questões que não podem ser ponderadas e reflectidas num só post, nomeadamente:
1 - Os partidos polÃticos perante os espaços de participação dos cidadãos no processo democrático.
2 - A expressão prática do processo democrático como espaço onde os cidadãos interviriam - será suficiente o modelo vigente da democracia representativa?
3 - As limitações dos indivÃduos nesse espaço de intervenção, devido à falta de informação - toda uma outra discussão seriam as causas da falta de informação.
Por agora limitar-me-ei ao primeiro ponto, relativo à s previsÃveis posições dos partidos polÃticos perante qualquer tentativa de expressão de cidadania.
Por definição, os partidos com acento parlamentar possuem a exclusividade da representação dos cidadãos nas decisões que irão afectar todos. Para eles, excluindo, por agora, os sindicatos, com contornos históricos diferentes, o espaço de cidadania resume-se a meros grupos de reflexão e de intervenção cÃvica, sem palavra na tomada de decisões. Os movimentos sociais, por exemplo, como catapulta emancipatória dos cidadãos relativamente a um poder polÃtico exclusivamente partidário, são vistos com maus olhos em todo o espectro polÃtico.
O PS, na recente rentrée, pela voz de Ferro Rodrigues, fez questão de deixar claro que considera esses movimentos meramente "parceiros de diálogo" e que o processo democrático encontra-se exclusivamente dentro do arco dos partidos.
Relativamente ao PC, a lógica da existência de direcção polÃtica é incontornável, com os sindicatos - controlados - a fazer de ponte para os trabalhadores, alvo preferido.
O BE, com toda uma constelação de pequenos partidos que fazem cedências uns aos outros no seu seio, não o concebo como algo mais que um mero colégio eleitoralista, para o qual quanto mais visibilidade, melhor - ainda assim, o fantasma de alguns movimentos sociais como frentes de luta controladas, ninguém mo tira.
Da Direita não falo.
Mesmo no interior dos partidos, os militantes de base não possuem, muitas vezes, capacidades - quer individuais, na falta de formação, quer em imposições por regras organizativas - para participar em reflexões e actividades polÃticas. Neste contexto, uma das soluções seria, sem dúvida, a alteração da forma-partido como a conhecemos, no sentido organizativo, vinculando (e esta é uma palavra-chave) os seus militantes, através da responsabilidade de participação em determinadas áreas polÃticas.
Não me quero alongar mas, ainda assim, muito fica por dizer.
P.S.: Em entradas posteriores falarei dos dois pontos remanescentes, deixando ainda espaço para que os meus colegas de blog reflictam sobre o assunto (para ver se escrevem...).
1 - Os partidos polÃticos perante os espaços de participação dos cidadãos no processo democrático.
2 - A expressão prática do processo democrático como espaço onde os cidadãos interviriam - será suficiente o modelo vigente da democracia representativa?
3 - As limitações dos indivÃduos nesse espaço de intervenção, devido à falta de informação - toda uma outra discussão seriam as causas da falta de informação.
Por agora limitar-me-ei ao primeiro ponto, relativo à s previsÃveis posições dos partidos polÃticos perante qualquer tentativa de expressão de cidadania.
Por definição, os partidos com acento parlamentar possuem a exclusividade da representação dos cidadãos nas decisões que irão afectar todos. Para eles, excluindo, por agora, os sindicatos, com contornos históricos diferentes, o espaço de cidadania resume-se a meros grupos de reflexão e de intervenção cÃvica, sem palavra na tomada de decisões. Os movimentos sociais, por exemplo, como catapulta emancipatória dos cidadãos relativamente a um poder polÃtico exclusivamente partidário, são vistos com maus olhos em todo o espectro polÃtico.
O PS, na recente rentrée, pela voz de Ferro Rodrigues, fez questão de deixar claro que considera esses movimentos meramente "parceiros de diálogo" e que o processo democrático encontra-se exclusivamente dentro do arco dos partidos.
Relativamente ao PC, a lógica da existência de direcção polÃtica é incontornável, com os sindicatos - controlados - a fazer de ponte para os trabalhadores, alvo preferido.
O BE, com toda uma constelação de pequenos partidos que fazem cedências uns aos outros no seu seio, não o concebo como algo mais que um mero colégio eleitoralista, para o qual quanto mais visibilidade, melhor - ainda assim, o fantasma de alguns movimentos sociais como frentes de luta controladas, ninguém mo tira.
Da Direita não falo.
Mesmo no interior dos partidos, os militantes de base não possuem, muitas vezes, capacidades - quer individuais, na falta de formação, quer em imposições por regras organizativas - para participar em reflexões e actividades polÃticas. Neste contexto, uma das soluções seria, sem dúvida, a alteração da forma-partido como a conhecemos, no sentido organizativo, vinculando (e esta é uma palavra-chave) os seus militantes, através da responsabilidade de participação em determinadas áreas polÃticas.
Não me quero alongar mas, ainda assim, muito fica por dizer.
P.S.: Em entradas posteriores falarei dos dois pontos remanescentes, deixando ainda espaço para que os meus colegas de blog reflictam sobre o assunto (para ver se escrevem...).
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