sexta-feira, julho 14

O inferno de dante!

Fumo, sou fumador e não pretendo deixar de o ser.
Agora que o cerco de um estado paternalista se aperta e onde me sinto com a responsabilidade de pedir desculpa por ser fumador, sou assolado por imagens do inferno de dante cada vez que, num lento movimento, acendo um cigarro.





Dante desmaia após o relato de Francesca no segundo círculo onde as almas que pecaram por luxúria são agitadas como turbilhões de vento (Canto III). Ilustração de William Blake (século XVIII).

Proponho aqui que Não elevemos ao altar os heróis balzaquianos que apenas agitam verbalmente as quimeras em que nos fazem querer acreditar mas que elevemos o acto de degustar, um cigarro, ao círculo da luxúria e aí nos deixemos ficar!