quarta-feira, abril 26

escolhas

Na política, como na guerra, pois não há política sem guerra nem guerra sem política, é sempre necessário cavar trincheiras, escolher um lado... mesmo que ambas as trincheiras, ambos os exercitos, disparem para o mesmo lado... Se Aristóteles fosse vivo, e visse a política e a guerra hoje, concluiria uma coisa, que a política tal como a guerra, são jogos de crianças, habituadas a fazer apenas o que querem, como querem, e quando querem, valorizando o seu umbigo, a sua birra, em detrimento do que é, de facto, o objectivo da política e da guerra...

Aqueles que resolvem sair das trincheiras e tentam cavar um túnel entre as duas, para as unir, alargando assim a frente de combate, acabam sempre por morrer sózinhos... Aqueles que acham que conseguem, de certa forma, conciliar as coisas, manter-se em ambas as trincheiras, acabam sempre por levar com uma bala perdida, muitas vezes fogo amigo...

Francamente não me importa. Estou cada vez mais anarquista... Cada vez mais me convenço que quanto mais procurar estar em uniões fictícias, menos faço aquilo que quero e mais me perco... Estou farto de discussões inuteis, de pedir a uma perna para mexer a outra e acabar por cair de queixo no chão porque nenhuma se mexe, estou farto que me atem os cordões dos sapatos um ao outro...

De resto para quê escolher uma trincheira? A morte numa guerra de campo aberto é muito mais gloriosa...
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