MFM vs BSS. Round 1! Fight!
Maria Filomena Mónica passou-se. Volta a atirar-se a BSS num estrebuchar tal que, ao dizer não relevarem as suas críticas "de uma qualquer obsessão, causada sabe-se lá por que rasteiros motivos", revela-se de um ardil - perdoem-me a parcialidade - sumamente feminino.
Pelo caminho, presta excelentes serviços, nomeadamente ao atirar-se de vez aos poemas eróticos do BSS jovem, que anteriormente retivera sob ameaça de revelação:
(Labirinto)
> "A rua retesada/ guarda todos os sinais/ (...) faz parte deste tiro/ estar no
> alvo/ e retirar-se/ faz parte desta gota/ ser a taça e alagar-se/ faz parte deste
> cisma/ ter entranhas e sujar-se/ faz parte deste coito/ estar a um canto a
> masturbar-se"
(Ode à Infância)
> " ...nas ruínas do ciclone de quarenta/ trabalho manuais sem mestre nem montra/
> entram chefes guerras caracóis/ tesouras e pauzinhos/ nas rachas das meninas/ na
> catequese é em coro/ e em filas/ no escuro dos intervalos/ medem-se as pilas/
> Boaventura tens quebranto/ dois te puseram três te hão de tirar/ se eles quiserem > bem podem/ são as três pessoas da Santíssima Trindade...". Que tal?
Magistral! Obrigado, MFM! Conclui ela então, num provincianismo tão ironicamente tocante...
> Nos salões pequeno-burgueses do centro do país, estas coisas ainda devem ser
> apreciadas. Para vergonha do país. (...) Mas que esperava eu (...)? Não deveria
> saber que o mais certo era deparar-me com as delícias, delíqueos e delírios que
> agitam os arcaicos cérebros de Coimbra quando lambuzados com o verniz dos crânios > que se passeiam por Wisconsin?
De seguida, passa para terrenos mais teóricos, ou seja, para a negação ofendida e fundamentalista do relativismo cultural representado por BSS. Mas, da forma típica daqueles que procedem tão canhestramente, acaba por descambar no culto manhoso da superioridade ocidental:
> Não, nem tudo se equivale. Há sociedades mais iguais, mais livres, mais dignas do
> que outras. Sei que, se optar pelo caminho do adultério, jamais serei apedrejada
> em Portugal. O mesmo não me podem garantir as sociedades onde funcionam "as
> justiças" locais.
Chamo a isto crítica cretina do cretinismo. Para parafrasear toscamente Hegel, é a pura negação do positivo processando-se inteiramente no terreno deste, nunca o transcendendo, e reforçando assim inconscientemente os seus fundamentos. Há no entanto uma diferença entre cretinismo emancipatório e cretinismo discriminatório - o 1º pode fazer mal querendo fazer bem, o 2º faz seguramente mal, e frequentemente nem quer outra coisa. Infelizmente para nós e, embora por razões diferentes, para BSS, vamo-nos habituando a ver esta sociedade, tão perfeita e democrática, macabramente proclamar o seu desejo de "civilizar" os islâmicos fanáticos e fundamentalistas, como outrora civilizava os judeus dissimulados e gananciosos - salvaguardada a devida distância.
Como exercício de crítica séria e substantiva, uma nulidade. Como proposta de alternativa, uma cretinice. Como matéria prima para a sociologia dos sociólogos, um tesouro!
Pelo caminho, presta excelentes serviços, nomeadamente ao atirar-se de vez aos poemas eróticos do BSS jovem, que anteriormente retivera sob ameaça de revelação:
(Labirinto)
> "A rua retesada/ guarda todos os sinais/ (...) faz parte deste tiro/ estar no
> alvo/ e retirar-se/ faz parte desta gota/ ser a taça e alagar-se/ faz parte deste
> cisma/ ter entranhas e sujar-se/ faz parte deste coito/ estar a um canto a
> masturbar-se"
(Ode à Infância)
> " ...nas ruínas do ciclone de quarenta/ trabalho manuais sem mestre nem montra/
> entram chefes guerras caracóis/ tesouras e pauzinhos/ nas rachas das meninas/ na
> catequese é em coro/ e em filas/ no escuro dos intervalos/ medem-se as pilas/
> Boaventura tens quebranto/ dois te puseram três te hão de tirar/ se eles quiserem > bem podem/ são as três pessoas da Santíssima Trindade...". Que tal?
Magistral! Obrigado, MFM! Conclui ela então, num provincianismo tão ironicamente tocante...
> Nos salões pequeno-burgueses do centro do país, estas coisas ainda devem ser
> apreciadas. Para vergonha do país. (...) Mas que esperava eu (...)? Não deveria
> saber que o mais certo era deparar-me com as delícias, delíqueos e delírios que
> agitam os arcaicos cérebros de Coimbra quando lambuzados com o verniz dos crânios > que se passeiam por Wisconsin?
De seguida, passa para terrenos mais teóricos, ou seja, para a negação ofendida e fundamentalista do relativismo cultural representado por BSS. Mas, da forma típica daqueles que procedem tão canhestramente, acaba por descambar no culto manhoso da superioridade ocidental:
> Não, nem tudo se equivale. Há sociedades mais iguais, mais livres, mais dignas do
> que outras. Sei que, se optar pelo caminho do adultério, jamais serei apedrejada
> em Portugal. O mesmo não me podem garantir as sociedades onde funcionam "as
> justiças" locais.
Chamo a isto crítica cretina do cretinismo. Para parafrasear toscamente Hegel, é a pura negação do positivo processando-se inteiramente no terreno deste, nunca o transcendendo, e reforçando assim inconscientemente os seus fundamentos. Há no entanto uma diferença entre cretinismo emancipatório e cretinismo discriminatório - o 1º pode fazer mal querendo fazer bem, o 2º faz seguramente mal, e frequentemente nem quer outra coisa. Infelizmente para nós e, embora por razões diferentes, para BSS, vamo-nos habituando a ver esta sociedade, tão perfeita e democrática, macabramente proclamar o seu desejo de "civilizar" os islâmicos fanáticos e fundamentalistas, como outrora civilizava os judeus dissimulados e gananciosos - salvaguardada a devida distância.
Como exercício de crítica séria e substantiva, uma nulidade. Como proposta de alternativa, uma cretinice. Como matéria prima para a sociologia dos sociólogos, um tesouro!
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