Num PaÃs mormente constituÃdo por néscios bezoantes, facilmente verificável por um passeio no jardim, qualquer latido em prime-time é o bastante para condicionar o espÃrito crÃtico dos incautos.
Vem isto a propósito da sondagem da Universidade Católica para a RTP, que, retirada de contexto, transforma os visados em selvagens especuladores e ruidosos apologistas do mercado livre.
A apresentação dos resultados demonstra o quão fácil é manipular uma sondagem deste género. O Público, por exemplo, coloca como tÃtulo "SacrifÃcios para equilibrar contas públicas valem a pena", interpretando o resultado de 53% nesse sentido. Ora, após dois anos a tortura de espremedouro, a resposta, até em jeito de defesa na esperança para evitar depressões, não podia ser outra. Já a questão "Se tivesse de escolher, qual das seguintes acções acha que mais podia ajudar a relançar a economia portuguesa", à qual 42% responderam "Reduzir os impostos à s empresas" e outros 42% "Aumentar os investimentos do Estado", o mesmo jornal depreende que "metade dos portugueses quer reduzir os impostos sobre as empresas". Quando a maioria imputa responsabilidades pelo estado da economia actualmente no PaÃs aos Governos (33% para o actual PSD-PP e 28% para o anterior PS) numa pergunta do mesmo questionário, é até extraordinária uma percentagem tão acentuada de pessoas a ter esperança no investimento do Estado.
Como é óbvio, o Público interpreta o resultado como "Metade defende a prioridade da redução de impostos sobre as empresas, de modo a aumentar a competitividade das unidades nacionais e a tornar Portugal num paÃs mais atractivo para o investimento estrangeiro. A outra metade, por seu turno, defende um aumento do investimento público, ou seja, a repetição da receita Keynesiana de animar o ambiente económico a partir da dinamização imprimida pelo Estado". Estou a imaginar os "sondados" a discorrer sobre Keynes e o proteccionismo estatal sobre as exportações/importações...
Vem isto a propósito da sondagem da Universidade Católica para a RTP, que, retirada de contexto, transforma os visados em selvagens especuladores e ruidosos apologistas do mercado livre.
A apresentação dos resultados demonstra o quão fácil é manipular uma sondagem deste género. O Público, por exemplo, coloca como tÃtulo "SacrifÃcios para equilibrar contas públicas valem a pena", interpretando o resultado de 53% nesse sentido. Ora, após dois anos a tortura de espremedouro, a resposta, até em jeito de defesa na esperança para evitar depressões, não podia ser outra. Já a questão "Se tivesse de escolher, qual das seguintes acções acha que mais podia ajudar a relançar a economia portuguesa", à qual 42% responderam "Reduzir os impostos à s empresas" e outros 42% "Aumentar os investimentos do Estado", o mesmo jornal depreende que "metade dos portugueses quer reduzir os impostos sobre as empresas". Quando a maioria imputa responsabilidades pelo estado da economia actualmente no PaÃs aos Governos (33% para o actual PSD-PP e 28% para o anterior PS) numa pergunta do mesmo questionário, é até extraordinária uma percentagem tão acentuada de pessoas a ter esperança no investimento do Estado.
Como é óbvio, o Público interpreta o resultado como "Metade defende a prioridade da redução de impostos sobre as empresas, de modo a aumentar a competitividade das unidades nacionais e a tornar Portugal num paÃs mais atractivo para o investimento estrangeiro. A outra metade, por seu turno, defende um aumento do investimento público, ou seja, a repetição da receita Keynesiana de animar o ambiente económico a partir da dinamização imprimida pelo Estado". Estou a imaginar os "sondados" a discorrer sobre Keynes e o proteccionismo estatal sobre as exportações/importações...
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